domingo, 19 de janeiro de 2014

Quase pleno emprego? O que está por trás das estatísticas ultra-manipuladas do IBGE?(pco.org.br)

Quase pleno emprego?
O que está por trás das estatísticas ultra-manipuladas do IBGE?
De acordo com as informações divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) a taxa de desemprego ficou em 7,4% no segundo trimestre de 2013, considerando as cidades grandes, médias e pequenas. No Nordeste, chegou a 10%. No sul, a taxa seria de 4,3%. Os dados publicados em novembro falavam uma taxa de desemprego de 4,6% para as seis principais regiões metropolitanas. O desemprego entre os jovens teria atingido 15,4%, com 9% no Sul e 19,8% no Nordeste. A taxa de desemprego seria de 28%, na faixa etária de 40 a 59 anos, e de 77%, na faixa de 60 anos ou mais.
Comparando esses dados com os de 2012 teria até havido queda do desemprego.
Considera-se ocupado o trabalhador que fez um trabalho remunerado de pelo menos uma hora por semana. E desempregado quem, nos últimos 30 dias antes da entrevista, procurou emprego e não conseguiu.
No Brasil, a realidade está muito longe do pleno emprego. Segundo o censo o IBGE de 2010, mais de 115 milhões de brasileiros, quase 60% da população brasileira (32,2 milhões de um total de 54 milhões dos domicílios ocupados), vive com menos de um salário mínimo de renda mensal per capita. Em torno de 50 milhões de pessoas (15,8 milhões de domicílios) vivem com até meio-salário mínimo de renda mensal. 16,2 milhões de pessoas vivem com menos de R$ 70 por mês e quase cinco milhões de pessoas não têm renda alguma. O total de domicílios classificados como sem rendimento foi de 2,4 milhões. 132 mil famílias são chefiadas por crianças de 10 a 14 anos.
As disparidades entre regiões e estados brasileiros são gritantes: no nordeste, 51% da população vive com até meio salário mínimo, ao contrário da região sudeste onde é de apenas 18%. Outra desigualdade está entre homens e mulheres, pois as mulheres são em média mais pobres que os homens. O grupo que ganha de um a dois salários mínimos representa 22,5% da população. Outros 15,8% ganham a partir de dois salários mínimos. Apenas 1% da população ganha acima de 20 salários e 2% ganha entre 10 e 20 salários.

O desemprego real no Brasil é superior a 30% da força de trabalho
A população total do Brasil é de aproximadamente 195 milhões de pessoas segundo o IBGE. A população economicamente ativa está estimada em aproximadamente 103 milhões de pessoas, apesar de, na realidade, o número de pessoas em idade ativa, entre 14 e 65 anos, somar em torno a 128 milhões.
Existem por volta de 11,5 milhões de pessoas não incorporadas ao mercado de trabalho: a população carcerária (500.000 pessoas, recorde mundial em crescimento), os incapacitados para o trabalho (em torno de 7 milhões) e os dependentes nas famílias com rendimentos acima de 20 salários mínimos (estimamos em quatro milhões de pessoas, considerando dois dependentes para cada uma das dois milhões de pessoas que recebem essa remuneração). Considerando ainda que existem aproximadamente 3 milhões de pessoas que estão na faixa de 10 a 14 anos e entre 65 e 70 anos que estão trabalhando, concluímos que aproximadamente 119,5 milhões de pessoas compõem a PEA real, 16,5 milhões de pessoas a mais que os números oficiais apresentam.
Portanto, o desemprego no Brasil é superior a 20% (24,5 milhões de pessoas), muito longe do pleno emprego da propaganda burguesa. Se ainda considerarmos que entre os trabalhadores considerados “empregados” são contabilizados mais de 4 milhões de trabalhadores domésticos sem carteira assinada, 6 milhões em “ocupações não remuneradas”, 3 milhões em consumo próprio e 200 mil em construção própria, a taxa de desemprego sobe para 30%.
Os trabalhadores com carteira assinada somam pouco mais de 43 milhões (37,5% do total), dos quais 10,5 milhões são terceirizados de acordo com pesquisa setorial divulgada pelo Sindeprestem e pela Asserttem. Os trabalhadores temporários aumentam a todo vapor conforme a crise capitalista se aprofunda.
No Brasil, está colocada disparada do desemprego e da inflação devido ao crescente contágio da crise capitalista mundial.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A Teoria Histórico Cultural de Vigotski e a importância do contexto social na formação dos indivíduos

      Segundo a teoria marxista postulada por Vygotsky alguns fatores foram decisivos para a determinação da atividade consciente do homem. A primeira se refere ao trabalho social e a divisão composta que dá origem as novas formas de comportamentos, o modo de produção e as relações mantidas na produção e que  proporciona o modo de ser do indivíduo.
      O segundo fator que possibilita ao homem tornar-se homem através da sua atividade consciente se refere ao aparecimento da linguagem. É nas relações mantidas no decorrer do trabalho social que surge no indivíduo uma necessidade de comunicação que com o tempo vai se evoluindo tornando-se um sistema de códigos imprescindível para o desenvolvimento da atividade consciente do homem.
      O pensamento de Vygotsky tem matriz marxista como foi supracitado, assim sendo,sabemos que o homem é um resultado sócio-histórico.O meio contribui fortemente em sua formação e se esse processo for bem conduzido possibilitará ótimos resultados individuais e conseqüentemente sociais.