terça-feira, 20 de setembro de 2011

Rosh Hashana תשע"ב (CULTURA JUDAICA)

Shana Tova amigos,
O Rosh Hashana é um dos dias mais importantes do calendário judaico. Nesse dia, damos as boas-vindas ao Ano Novo e desejamos um ano bom, feliz e frutífero. Um Ano Novo nos deixa mais otimistas, já que sentimos que a porta está aberta, uma porta que recepciona novas oportunidades, novas direções, novas esperanças. Podemos atravessar essa porta e seguir em um novo caminho, um caminho de esperança. e sem medo. Durante o mês anterior, chamado de Ellul, nós examinamos as nossas obras ao longo do ano que passou e depois ficamos prontos para um ano melhor e mais promissor.
O nome Rosh Hashana (רֹאשׁ הַשָּׁנָה) é composto de duas palavras: Rosh (רֹאשׁ) que significa “cabeça” e Shana (שָׁנָה) que significa ano. Assim, Rosh Hashana significa o começo ou a cabeça do ano. O nome "Rosh Hashanah" não é mencionado na Bíblia - ela cita o feriado como Yom Ha-Zikkaron (o dia memorial) ou Yom Teru'ah (o dia do sonido do shofar - um chifre de carneiro que é soprado como se fosse um trumpete).

"בַּחֹדֶשׁ הַשְּׁבִיעִי בְּאֶחָד לַחֹדֶשׁ, יִהְיֶה לָכֶם שַׁבָּתוֹן--זִכְרוֹן תְּרוּעָה, מִקְרָא-קֹדֶשׁ." וַיִּקְרָא כ"ג, פסוק כ"ד
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação.” Levíticos 23:24

O Rosh Hashana cai no primeiro e segundo dia do mês de Tishrey. No ano secular de 2011, ele começa em 28 de setembro ao pôr do sol e termina em 30 de setembro ao anoitecer. É um costume desejar “shana tova” (שָׁנָה טוֹבָה, Ano bom) nos dias antes do Rosh Hashana. Essa é uma ótima oportunidade para nós lhe desejarmos um ano maravilhoso, um ano de saúde e felicidade, um ano para atingir suas metas e criar novas, um ano para aprender hebraico da maneira mais agradável.
שָׁנָה טוֹבָה וּמְתוּקָה!
Shana tova umetuka!
Tenha um Ano Bom e Doce!

שִׁירָה כֹּהֵן-רֶגֶב
Shira Cohen-Regev
Professora de Hebraico na eTeacherHebraico

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A morte da tragédia em Nietzsche

Nietzsche acusara Sócrates e Eurípedes – grande dramaturgo grego – pelo fim da tragédia, ao valorizarem a razão, o conceito em ver do instinto estético. Substituíram o saber artístico pelo saber racional. É o que Nietzsche definirá como “Socratismo Estético”.
Eurípides, que seria o "Sócrates do teatro", teria “matado” a arte trágica por subordinar o poeta ao pensador racional.
O que caracteriza a “Estética Racionalista”, a “Estética Consciente”, é introduzir na arte o pensamento e o conceito a tal ponto que a produção artística deriva da capacidade crítica. Momento em que a consciência, a razão, a lógica despontam como novos critérios de produção e avaliação da obra de arte. (MACHADO, 2002, p. 30)
A partir daí, a tragédia não terá mais uma característica irracional ou desproporcional, perderá sua profundidade, sua incerteza, deixará de ser obscura, sombria, emfim, o elemento Dionisíaco desaparece. Com isso, também o poeta trágico será desvalorizado por não deixar “claro” o que faz, por não ter consciência da obra, não possuindo o saber racional.
A ironia é que o culpado pelo termino da tragédia na arte seria um homem conhecido como um dos três – o ultimo dos três – grandes dramaturgos trágicos: Eurípides.
A tragédia grega não acabou como todas as outras artes da antiguidade, suas irmãs: morreu por suicídio, conseqüência de um conflito insolúvel, quer dizer, tragicamente. As outras artes morreram com idade avançada, com morte muito serena e, muito bela. [...] A morte da tragédia, pelo contrario, produziu uma impressão universal e profunda de vazio monstruoso. (NIETZSCHE, 1996, p.71)
Nietzsche declara que com Eurípedes o teatro se tornou popular, visando o populacho, a plebe, passou a ser raso ao querer ser mais “real”. “Devido a este homem (Eurípedes), o homem comum deixou os bancos dos espectadores e subiu ao palco; o espelho, que outrora refletia só nobres e altivas feições, passou a representar com exatidão servil e a reproduzir com minúcia todas as deformidades da natureza”. (Nietzsche, 1996, p.72).
Eurípedes de fato popularizou o teatro, a tragédia, e dizia ter ensinado o povo a observar, a raciocinar segundo as regras e as leis da sofística. “A mediocridade burguesa, na qual Eurípedes punha todas as suas esperanças políticas, passou a ter voz.” (Nietzsche, 1996, p.73).
Nietzsche mostra a influência que Sócrates exerceu sobre Eurípedes, sendo aquele um assíduo espectador das tragédias deste. A partir deste momento, Nietzsche passa a contrapor o Dionisíaco ao Socrático. O Socratismo teria sido o elemento destruidor da tragédia grega.
A lei principal desta doutrina é aproximadamente a seguinte: “Tudo deve ser inteligível para ser belo”, sentença que tem par na de Sócrates: “Só é virtuoso quem é ciente”. Munido deste “cânon”, Eurípedes aferiu todos os elementos da tragédia: a língua, os caracteres, a construção dramaturgica, a musica de coro; depois corrigiu tudo o que nós, em comparação com a tragédia de Sófocles, frequentemente consideramos sinal de pobreza e de inferioridade política, não é muitas vezes senão o produto da intromissão do processo critico e da cegueira racionalista. (NIETZSCHE, 1996, p.80)
A crítica que Eurípedes faz a arte pode ser considerada como um prolongamento da crítica Socrática aos homens de sua Época, dizia ele que a arte de seus antecessores era feita por instinto, não havia consciência, não havia o inteligível. “O Socratismo despreza o instinto, e portanto a arte. Nega a sabedoria justamente onde se encontra seu verdadeiro reino”. (Machado, 2002, p.31). Se algo para ser bom é necessário ser consciente, o saber trágico é desclassificado, pois se caracteriza como um saber inconsciente.
Ao fazer a identificação entre razão - felicidade – virtude, o Socratismo vai contra o trágico, o Dionisíaco, e por não conseguir explicá-lo, o nega. Nietzsche vê nesse Racionalismo Socratiano o inicio do “espírito cientifico”, aquela crença no poder do pensamento, que com ele o homem conseguirá penetrar – através das causalidades – e atingir o ser.
Nietzsche chama essa crença de que o conhecimento poder chegar à essência das coisas de “ilusão metafísica”, e esse antagonismo entre o espírito cientifico e a experiência trágica é alvo de crítica, pela suposta prevalência da verdade como valor superior.
Se a arte tem mais valor que a ciência, é sempre vitalizada por Nietzsche como paradigma em suas criticas da verdade, é que enquanto a ciência cria uma dicotomia de valores que situa a verdade como valor supremo e desclassifica inteiramente a aparência, na arte a experiência da verdade se faz indissoluvelmente ligada á beleza que é uma ilusão, uma mentira, uma aparência. (MACHADO, 2002, p.33)

Sócrates via na tragédia anterior a Eurípedes o irracional, não havia ali uma reflexão, uma crítica, era causas sem efeitos e efeitos sem causas, ela não dizia “a verdade”, não era filosófica.
Sócrates sobrepôs o “pensamento filosófico” à arte, para ele “virtude é ciência; só se peca por ignorância”, não existiria o incompreensível, o ilógico, a não ser quando ainda não se tem conhecimento o bastante sobre algo.
Por isso a imagem da “morte de Sócrates” do homem que pela razão e pela ciência foi capaz de se libertar do terror da morte está como um brasão as portas da ciência. É o movimento que a todos lembra que a finalidade da ciência consiste em tornar razoável a existência, e por isso justifica-la. (NIETZSCHE, 1996, p.64)
A influência de Sócrates seria imensa e continua até os dias atuais, com a sucessão de escolas filosóficas, todos sedentas de conhecimento, buscando sempre a verdade absoluta, a essência por detrás da aparência, da ilusão que é o mundo sensível. A fé na possibilidade de conhecer as profundezas da natureza das coisas, das causas, a fé na ciência, mas todo esse conhecimento chega inevitavelmente a um limite, ao inexplicável, que apenas o “conhecimento trágico” dará conta.
Nesse capítulo, abordamos a análise feita por Nietzsche sobre a tragédia Grega, sobre seus dois elementos formadores, o Apolíneo e o Dionisíaco e sua posterior destruição, causada pelos ideais Socráticos, ao impor a racionalização da arte, suprindo assim o elemento Dionisíaco. Da arte para a vida, esses ideais introduzidos por Sócrates criou uma “Vontade de Verdade”, de que tudo pode ser conhecido, desvendado, que no campo da moral produziu o que Nietzsche define como “Oposição de Valores”, o bom seria o que é lógico racional, e o mal o que é ilógico.
Nietszche fará uma crítica abrangente em torno dessa idealização do mundo, dessa busca desenfreada pelo conhecimento, acreditando que existe “A Verdade” das coisas, uma essência lógica e racional por detrás da aparência, do mundo sensível.

O Apolíneo e o Dionisíaco em Nietzsche

Nietzsche buscou dos gregos dois deuses para criar dois conceitos: o Apolíneo, que seria a ordem, a medida, o belo, a aparência, e Dionisíaco que consistiria na desmedida, no caos, na integração com o que há de mais natural, mais primitivo e arrebatador no homem, o universo como um “monstro” de forças.
Sobre o que ocorria nos tempos da arte trágica grega, Nietzsche escreve:
Estes dois instintos impulsivos andam lado a lado e na maior parte do tempo em guerra aberta, mutuamente se desafiando e excitando para darem origem a criações novas, cada vez mais robustas. (NIETZSCHE, 1996, p.19)
A tragédia grega seria essa união entre o Apolíneo e o Dionisíaco, seria a arte superior por excelência, já que ao contrário do que ocorre nas artes plásticas, também chamadas Apolíneas, e a arte sem formas, a música, ou dita Dionisíaca, a tragédia Ática “abraça” os dois elementos, possui dentro dela os dois mundos. “A evolução progressiva da arte resulta do duplo caráter de “espírito Apolíneo” e no “espírito Dionisíaco”, tal como a dualidade dos sexos gera a vida no meio de lutas que são perpetuas e por aproximações que são periódicas” (NIETZSCHE, 1996, p.18) Utilizando metáforas como essas, ele prossegue.
Imaginemos desde já, para mais bem os compreendermos estes instintos como mundos diferentes do “sonho” e da “embriaguez”, fenômenos fisiológicos entre os quais é possível notar que um contraste analógico ao que distingue o espírito Apolíneo do espírito Dionisíaco. (NIETZSCHE, 1996, p.20)
Ao estado Apolíneo, criador de formas, da aparência, do belo, se contrapõe o Dionisíaco, como fim de toda individuação, como um estado de êxtase onde o homem se encontra com a natureza, se identifica com ela.
Como para Nietzsche não é mais possível procurar o ideal de um conhecimento verdadeiro como fizeram os filósofos antigos e medievais, é necessário agora encontrar, ou melhor, reencontrar a vida, desmascarar, tirar os véus que encobrem a humanidade há dois mil anos, os véus da religião. Nietzsche encontra na tragédia, com seus dois elementos, Apolo e Dionísio, a representação da vida, da aceitação da vida em sua totalidade. Nietzsche escreve sobre o conceito de trágico da seguinte forma:
A afirmação da vida, também nos seus mais estranhos, mais árduos problemas, a vontade de viver fruindo o sacrifício dos mais altos tipos produzidos pela sua inexauribilidade. (NIETZSCHE, 2002, p.78)
Mas para Nietzsche o “objetivo” da tragédia não era o de libertar-se do temor e da piedade, nem purificar-se de uma paixão perigosa – como queria Aristóteles – mas sim o de ter a alegria do Porvir, a alegria do criar e também do destruir. Seria isso, para Nietzsche, o contrario de um pessimismo. “Nesse sentido, tenho o direito de considera-me o primeiro filósofo trágico, isto é, a perfeita antítese de um filósofo pessimista”. (NIETZSCHE, 2002, p.79).
Nietzsche considera essa sua percepção do trágico, de seu significado ao ser transferido do campo artístico para a vida, o diferencial em relação aos outros filósofos.
Antes de mim, esta passagem da emoção Dionisíaca a emoção filosofa não existia: faltava a sapiência trágica. Dela procurei em vão os mínimos traços, mesmo entre os grandes filósofos gregos, os dois séculos anteriores a Sócrates. (Nietzsche, 2002, p. 79)
O estado Dionisíaco e para Nietzsche em excedente de vida, uma exuberância, um querer - mais inesgotável. Por isso ele encontra na arte a salvação, por ela conseguir enxergar através do sonho, da aparência Apolínea, a sabedoria Dionisíaca, a afirmação da vida em todas as suas possibilidades.
Eu anuncio o advento de uma era trágica: a arte mais sublime na afirmação da vida, a tragédia, renascera quando a humanidade, sem sofrimento, terá atrás de si a consciência de ter sustentado as guerras mais rudes e mais necessárias. (Nietzsche, 2002, p.80)
Os gregos teriam criado os deuses olímpicos para tornar a vida mais desejável, já que por serem mais sensíveis ao sofrimento e por possuírem uma incrível sensibilidade artística, existia o perigo de caírem, num profundo pessimismo, numa negação da própria existência. Mostrando a relação intensa entre o Apolíneo e o Dionisíaco na tragédia. Nietzsche mostra que o surgimento da arte Apolínea seria como um antídoto contra o pessimismo, a negação da vida.
A arte Apolínea e a arte da beleza, e se os deuses gregos não se caracterizam por serem necessariamente bons, eles eram belos. Beleza para os gregos também tinha o significado de calma, serenidade e liberdade com relação as emoções.
Antes de se chegar a um estado Dionisíaco, o grego, contra a dor e o sofrimento diviniza o mundo criando a beleza. Portanto, beleza é para o grego, aparência. Para Nietzsche, o grego criou o mundo da beleza para ao invés de mostrar a verdade mascarar, encobrir a essência do mundo.
Não é pelo belo que as coisas belas são belas. Quando se diz que algo é belo apenas se diz que tem uma bela aparência, sem nada se enunciar sobre sua essência. Mascarando a essência, à vontade, a verdadeira realidade, a beleza é uma intensificação das forças da vida que aumenta o prazer de existir. (Machado, 1997, p.78)
Enquanto que a arte tem sua “verdade” ligada inevitavelmente á beleza, que é uma ilusão, por ser aparência, a metafísica não é capaz de expressar o mundo na sua integralidade, em sua tragicidade, pois nela há a prevalência da verdade sobre a ilusão. Também a ciência não é capaz de expressar o mundo, pois acredita que o pensamento lógico pode chegar a conhecer p ser o mais profundamente possível através da causalidade. Nietzsche afirma ser a experiência trágica a única capaz de justificar e até afirmar o mundo como ele é até mesmo “o pior dos mundos”. Seria o “amor fati”, amor ao destino, afirmar o necessário, aceitar e até amaro que não pode ser mudado. Esta é uma idéia que permaneceu em todo o pensamento Niestzschiano: que a arte é superior a ciência por ser capaz de proporcionar uma experiência Dionisíaca. Ao atacar diretamente a idéia de que atrás de um mundo “aparente” existe um mundo “verdadeiro”, Nietzsche declara:
Criar uma fábula de um mundo “diverso” Desse não tem sentido algum se pressupusermos que um instinto de calúnia, de amesquinhamento, de suspeição da vida não exerce poder sobre nós.Neste ultimo caso, nos vingamos da vida com a fantasmagoria de uma “outra” vida, de uma vida “melhor” (Nietzsche, 1999, p.52)
Apenas o “artista trágico”, com sua capacidade de afirmar o mundo, este mundo, o terreno, em todos os seus aspectos, consegue fugir desse pessimismo, dessa renuncia a vida verdadeira, a terrana, em nome de uma vida no alem, que não existe. Esse “artista trágico”, Dionisíaco, não teme a vida, não teme o sofrimento, sabe que a dor faz parte da existência, esta além do bem e do mal, diz sim a vida e ao mundo dito “aparente”, mas que para ele é o “verdadeiro” mundo, pois é o único existente.

A TRAGÉDIA EM NIETZSCHE

A visão de um mundo que passa pela alternância indefinida da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal, leva Nietzsche a enxergar na tragédia grega o oposto do cristianismo, pois, num mundo trágico não há redenção, entendida como salvação de um existente finito na sua finitude, há apenas o processo permanente de declínio de tudo aquilo que emerge do fundo do ser para a existência individualizada, que se separa do todo para se individualizar.
O sentimento trágico consiste na aceitação da vida, a aceitação também do horrível, do medonho, da morte e do declínio, a vida como uma grande economia, onde tudo é necessário. Possuir tal atitude diante da vida não seria para Nietzsche simples heroísmo ou coragem, mas sim o conhecimento de que todas as coisas finitas são apenas temporárias na grande corrente da vida, que seu declínio não significa a destruição simples e pura, mas um retorno ao fundo da vida da qual emergiu como forma individualizada. A tragédia grega nos mostra que “tudo é uno”, vida e morte seriam faces da mesma moeda, enquanto surgem formas, outras se desagregam, luz e trevas, ascensão e declínio seriam faces da grande corrente que é a vida.
Nesse primeiro capítulo será tratado o modo com que Nietzsche entende a tragédia grega e por fim a morte do trágico causada pela separação entre Dionisíaco e o Apolíneo.

Introdução ao TCC EM FILOSOFIA."a afirmação da vida em F.Nietszche"

Primeiramente é pertinente relatar que este texto é uma introdução integral realizada num trabalho de conclusão de curso e que expressa o pensamento nietzscheano e não uma ideia subjetiva.
O pensamento de Friedrich Nietzsche é uma reação tardia contra o idealismo de Hegel e o positivismo de Schopenhauer. Contra o idealismo do primeiro, coloca a natureza particular do homem não na racionalidade, mas no voluntarismo, entendendo como vontade. Se opondo ao pessimismo do segundo, argumenta que todo o aniquilamento da natureza humana deve ser desprezado haja vista que isso é uma negação a vida.
Entretanto, a afirmação de si mesmo deve se dar em qualquer situação, momento ou obstáculo. A plena total realização de todos os valores do qual a natureza humana é capaz é imprescindível para ele.
Estes valores não podem se desenvolvidos enquanto o homem estiver acreditando na existência de Deus e subjugado a vontade divina. Neste trabalho e, sobretudo contra o cristianismo em particular. O ateísmo é pregado como principio a força e a afirmação da vida.
Sendo assim, este trabalho foi dividido em duas partes sendo a primeira tratando dos negadores da vida: A religião cristã, o homem-camelo e a moral dos nobres e dos escravos. A segunda parte fala sobre aqueles que afirmam a vida: Zaratrusta e o homem criança.
Dessa forma a intenção de fazer uma pesquisa sobre Nietzsche se torna realizável sabendo que não foi nada fácil. Assim me orientei pela seguinte questão: como o homem pode viver de forma a afirmar a vida? Isso por que o que mais vemos nos dias atuais são pessoas reprimidas e as mais neuróticas a nossa volta.
Portanto, nesta pesquisa, a proposta de Nietzsche é exposta: para se afirmar a vida é necessária amá-la; para amá-la é necessário libertar-se do cárcere da religião e, sobretudo do cristianismo. Assim o ser humano poderá viver de maneira intensa, livre, sem complexo de culpa e, sobretudo sem ter que prestar contas a ninguém, muito menos a Deus. Contas serão se prestadas, somente a si, pois o homem, para Nietzsche, deve ser o seu próprio destino dentro da realidade terrena e nunca metafísica.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Véspera do Shabat(Sábado)

Véspera do Shabat
Shalom amigos,Em Gênesis cap.1, lemos que D'us criou o mundo em seis dias. No final do sexto dia, D'us olhou para a sua criação:“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” (Gênesis 1:31)"וַיַּרְא אֱלֹהִים אֶת-כָּל-אֲשֶׁר עָשָׂה, וְהִנֵּה-טוֹב מְאֹד." (בראשית א' ל"א)“E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.” (Gênesis 2:2)"וַיְכַל אֱלֹהִים בַּיּוֹם הַשְּׁבִיעִי, מְלַאכְתּוֹ אֲשֶׁר עָשָׂה; וַיִּשְׁבֹּת בַּיּוֹם הַשְּׁבִיעִי, מִכָּל-מְלַאכְתּוֹ אֲשֶׁר עָשָׂה." בראשית ב' ב"E nos nossos dias, nós trabalhamos seis dias da semana e no sétimo dia nós descansamos como fomos ordenados nos Dez Mandamentos. Quando o sol se põe, um novo dia judaico começa e, por isso, o Shabat começa na tarde da sexta-feira – podemos chamá-lo de "ערב שבת" ou "ליל שבת" (véspera do Shabat ou noite do Shabat).שַׁבָּת שָׁלוֹם!Shabat Shalom!Um sábado com paz!
שירה כהן-רגב.

Shira Cohen-Regev,
Professora de Hebraico na eTeacherHebraico