O trabalho
pelo advento do respeito aos direitos humanos e da paz se concretiza numa ação
educativa permanente e prática sobre os próprios gestores do processo
pedagógico.
Educar
para os direitos humanos quer dizer educar para saber que existem também
“os outros”, tão legítimos quanto nós, seres sociais como nós, a quem devemos
respeitar, despojando-nos de nossos preconceitos e projeções de nossos próprios
fantasmas etc.
Educar
para os direitos humanos quer dizer aceitar a pluralidade cultural e, ao
mesmo tempo, educar na identidade, na semelhança fundamental que nos transforma
a todos os irmãos. Quer dizer convencer-se de que o ser humano necessita da
interação humana para desabrochar. Implica convencer-se de que tal educação não
pode ser ministrada setorialmente ou a alguns grupos. A educação autêntica
deverá ser integral em sua visão e global em seu método.
Educar
para os direitos humanos é assumir o primeiro direito fundamental, sem o
qual os outros não tem sentido, é o de ser pessoa. A educação levará a pessoa a
ser, superando as concepções de comportamento ligadas ao ter e poder, e
estabelecendo condutas que garantam aqueles direitos e deveres em virtude dos
quais todo ser humano possa crescer e4m humanidade, ser mais, inclusive sem Ter
mais.
Todo
ser humano se converte em educador que promove os direitos humanos quando tem
clareza crítica e equilibrado tato ao questionar costumes e comportamentos
pessoais e coletivos baseados na autodefesa frente aos demais, substituindo-os
com a atitude de respeito, responsabilidade e colaboração. Se conseguirmos
promover essas coisas estamos construindo este modelo educacional, que
convenhamos é digno de concordância e busca constante.