segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Jejum pode ajudar a proteger cérebro, diz estudo

Pesquisa afirma que comer praticamente nada por um ou dois dias por semana pode proteger contra doenças degenerativas como Mal de Alzheimer e Parkinson.

Jornal O Estado De S.Paulo-20 de fevereiro de 2012 | 10h 18min.

Jejuar um ou dois dias por semana pode proteger o cérebro contra doenças degenerativas como mal de Parkinson ou de Alzheimer, segundo um estudo realizado pelo National Institute on Ageing (NIA), em Baltimore, nos Estados Unidos.
Segundo estudo, consumo diário de comida deveria ser equivalente a alguns legumes e chá - Felipe Rau/AE
Felipe Rau/AE
Segundo estudo, consumo diário de comida deveria ser equivalente a alguns legumes e chá

"Reduzir o consumo de calorias poderia ajudar o cérebro, mas fazer isso simplesmente diminuindo o consumo de alimentos pode não ser a melhor maneira de ativar esta proteção. É provavelmente melhor alternar períodos de jejum, em que você ingere praticamente nada, com períodos em que você come o quanto quiser", disse Mark Mattson, líder do laboratório de neurociências do Instituto, durante o encontro anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Vancouver.

Segundo ele, seria suficiente reduzir o consumo diário para 500 calorias, o equivalente a alguns legumes e chá, duas vezes por semana, para sentir os benefícios.

O National Institute of Ageing baseou suas conclusões em um estudo com ratos de laboratório, no qual alguns animais receberam um mínimo de calorias em dias alternados.

Estes ratos viveram duas vezes mais que os animais que se alimentaram normalmente.

INSULINA



Mattson afirma que os ratos que comiam em dias alternados ficaram mais sensíveis à insulina - o hormônio que controla os níveis de açúcar no sangue - e precisavam produzir uma quantidade menor da substância.

Altos níveis de insulina são normalmente associados a uma diminuição da função cerebral e a um maior risco de diabetes.

Além disso, segundo o cientista, o jejum teria feito com que os animais apresentassem um maior desenvolvimento de novas células cerebrais e se mostrassem mais resistentes ao stress, além de ter protegido os ratos dos equivalentes a doenças como mal de Parkinson e Alzheimer.

Segundo Mattson, a teoria também teria sido comprovada por estudos com humanos que praticam o jejum, mostrando inclusive benefícios contra a asma.

"A restrição energética na dieta aumenta o tempo de vida e protege o cérebro e o sistema cardiovascular contra doenças relacionadas à idade", disse Mattson.

A equipe de pesquisadores pretende agora estudar o impacto do jejum no cérebro usando ressonância magnética e outras técnicas.

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FRASES DE CARLOS E HÉLIO GRACIE

"Com o Jiu-Jitsu aprendi, sobretudo a grande lição, que foi me conhecer profundamente" (Carlos Gracie)


"De nada vale a força física bruta contra a ciência dos samurais" (Carlos Gracie)


O adepto do jiu-jitsu deve, acima de tudo, prestigiar, amar e defender o grande esporte que praticamos" (Carlos Gracie)


"É quando os lutadores cansam que a luta começa realmente a ser travada" (Carlos Gracie)
Comer errado é o pior dos venenos" (Carlos Gracie)


"Jamais lute contra a pessoa, e sim contra os movimentos dela" (Carlos Gracie)


"Emprega maior tempo no aperfeiçoamento de ti mesmo, e nenhum tempo em criticar os outros" (Carlos Gracie)

"Quando você tem mais confiança em si mesmo, você é automaticamente mais tolerante. Você tem condição de meditar de se pôr no seu devido lugar sem precisar lutar, e isso assusta os valentões".
(Hélio Gracie)



"Quando você tem mais confiança em si mesmo, você é automaticamente mais tolerante. Você tem condição de meditar de se pôr no seu devido lugar sem precisar lutar, e isso assusta os valentões".
(Hélio Gracie)



"Eu não inventei o jiu-jítsu, apenas o adaptei para mim,
criando alavancas que me deram condição de fazer
os movimentos necessários sem precisar usar muita força
ou habilidade para superar lutadores
maiores e mais fortes do que eu".
(Hélio Gracie)


"O Jiu-Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos
enfrentarem os mais pesados e fortes. E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu-Jitsu de competição. Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade".
(Hélio Gracie)

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Se eu pudesse viver minha vida novamente.

Jorge Luís Borges

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"Se eu pudesse novamente viver a minha vida,
na próxima trataria de cometer mais erros.
Não tentaria ser tão perfeito,
relaxaria mais, seria mais tolo do que tenho sido.

Na verdade, bem poucas coisas levaria a sério.
Seria menos higiênico. Correria mais riscos,
viajaria mais, contemplaria mais entardeceres,
subiria mais montanhas, nadaria mais rios.
Iria a mais lugares onde nunca fui,
tomaria mais sorvetes e menos lentilha,
teria mais problemas reais e menos problemas imaginários.

Eu fui uma dessas pessoas que viveu sensata
e profundamente cada minuto de sua vida;
claro que tive momentos de alegria.
Mas se eu pudesse voltar a viver trataria somente
de ter bons momentos.

Porque se não sabem, disso é feita a vida, só de momentos;
não percam o agora.
Eu era um daqueles que nunca ia
a parte alguma sem um termômetro,
uma bolsa de água quente, um guarda-chuva e um pára-quedas e,
se voltasse a viver, viajaria mais leve.

Se eu pudesse voltar a viver,
começaria a andar descalço no começo da primavera
e continuaria assim até o fim do outono.
Daria mais voltas na minha rua,
contemplaria mais amanheceres e brincaria com mais crianças,
se tivesse outra vez uma vida pela frente.
Mas, já viram, tenho 85 anos e estou morrendo"

Pequeno traficante não vai mais para prisão.

Nova resolução suspende trecho da lei que proibia trocar cadeia por pena alternativa
19 de fevereiro de 2012 | 0h 14


Rodrigo Burgarelli, de O Estado de S. Paulo

Uma resolução do Senado publicada nesta semana abriu brecha para que pequenos traficantes possam cumprir penas alternativas, em vez de ficar na prisão. O ato suspendeu um trecho da legislação de entorpecentes que proibia a conversão do cumprimento de pena na cadeia nos casos de tráfico de drogas em punições mais leves, como a prestação de serviços comunitários. A decisão foi tomada a pedido do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu que essa proibição da troca de penas era inconstitucional.

Aprovada em 2006 pelo Congresso e envolta em polêmicas discussões, a lei de entorpecentes ficou famosa por endurecer as punições a traficantes – a pena mínima para o tráfico subiu de 3 para 5 anos, por exemplo – enquanto abrandava as penas voltadas aos usuários de drogas.

O objetivo era combater o tráfico e, ao mesmo tempo, focar na recuperação do usuário. A nova resolução, porém, relativiza essas diferenças, permitindo que pequenos traficantes que sejam réus primários com bons antecedentes e não tenham vínculos comprovados com organizações criminosas também possam prestar serviços comunitários, de acordo com o julgamento de cada caso.

O STF já havia decidido em alguns casos que penas alternativas poderiam ser aplicadas aos traficantes – o entendimento é de que a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e de Substâncias Psicotrópicas, ratificada pelo Brasil em 1991, é de hierarquia superior à lei e permite a adoção de sanções mais brandas. Agora que a resolução do Senado foi editada, todos os juízes estão obrigados a seguir esse entendimento – o que causou polêmica entre juristas, advogados e magistrados. "Isso é um desserviço ao combate ao tráfico. Estamos vivendo uma situação muito difícil, porque as penas restritivas de direitos são extremamente benevolentes", afirma o desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo José Damião Cogan.

Segundo ele, a possibilidade de reduzir a pena de traficantes não é necessariamente ruim, mas deve ser usada com "parcimônia". "Conheço dois ou três juízes que aplicam penas mínimas sempre, não só em casos excepcionais. Vedar as penas restritivas foi longe demais. Acho que, do jeito que as coisas estão crescendo no Brasil, com droga a gente não pode brincar."

Liberais. Advogados e juristas que defendem a diminuição das prisões por causa de crimes mais leves, por outro lado, são favoráveis à mudança. "Defendo plenamente a conversão da pena em casos específicos. Quando são pequenas quantidades de drogas e não se trata de um traficante conhecido ou que tenha tido condenações reiteradas, a pena alternativa de prestar serviços à comunidade acaba sendo mais útil tanto ao próprio condenado quanto à sociedade", rebate o advogado criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira.

Para ele, a pena de prisão deve ser exclusiva para quem causa graves riscos à sociedade. "A prisão pode ser uma escola do crime para pequenos traficantes sem antecedentes."

(O Estado de S. Paulo)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

NÃO EXISTE AQUECIMENTO GLOBAL!!!Entrevista com Luiz Carlos Molion

11/12/2009 - 14h36

"Não existe aquecimento global", diz representante da OMM na América do Sul

Por Carlos Madeiro
Especial para o UOL Ciência e Saúde

Com 40 anos de experiência em estudos do clima no planeta, o meteorologista da Universidade Federal de Alagoas Luiz Carlos Molion apresenta ao mundo o discurso inverso ao apresentado pela maioria dos climatologistas. Representante dos países da América do Sul na Comissão de Climatologia da Organização Meteorológica Mundial (OMM), Molion assegura que o homem e suas emissões na atmosfera são incapazes de causar um aquecimento global. Ele também diz que há manipulação dos dados da temperatura terrestre e garante: a Terra vai esfriar nos próximos 22 anos.

Segundo Luiz Carlos Molion, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU

Em entrevista ao UOL, Molion foi irônico ao ser questionado sobre uma possível ida a Copenhague: “perder meu tempo?” Segundo ele, somente o Brasil, dentre os países emergentes, dá importância à conferência da ONU. O meteorologista defende que a discussão deixou de ser científica para se tornar política e econômica, e que as potências mundiais estariam preocupadas em frear a evolução dos países em desenvolvimento.

UOL: Enquanto todos os países discutem formas de reduzir a emissão de gases na atmosfera para conter o aquecimento global, o senhor afirma que a Terra está esfriando. Por quê?

Luiz Carlos Molion: Essas variações não são cíclicas, mas são repetitivas. O certo é que quem comanda o clima global não é o CO2. Pelo contrário! Ele é uma resposta. Isso já foi mostrado por vários experimentos. Se não é o CO2, o que controla o clima? O sol, que é a fonte principal de energia para todo sistema climático. E há um período de 90 anos, aproximadamente, em que ele passa de atividade máxima para mínima. Registros de atividade solar, da época de Galileu, mostram que, por exemplo, o sol esteve em baixa atividade em 1820, no final do século 19 e no inicio do século 20. Agora o sol deve repetir esse pico, passando os próximos 22, 24 anos, com baixa atividade.

UOL: Isso vai diminuir a temperatura da Terra?

Molion: Vai diminuir a radiação que chega e isso vai contribuir para diminuir a temperatura global. Mas tem outro fator interno que vai reduzir o clima global: os oceanos e a grande quantidade de calor armazenada neles. Hoje em dia, existem boias que têm a capacidade de mergulhar até 2.000 metros de profundidade e se deslocar com as correntes. Elas vão registrando temperatura, salinidade, e fazem uma amostragem. Essas boias indicam que os oceanos estão perdendo calor. Como eles constituem 71% da superfície terrestre, claro que têm um papel importante no clima da Terra. O [oceano] Pacífico representa 35% da superfície, e ele tem dado mostras de que está se resfriando desde 1999, 2000. Da última vez que ele ficou frio na região tropical foi entre 1947 e 1976. Portanto, permaneceu 30 anos resfriado.

UOL: Esse resfriamento vai se repetir, então, nos próximos anos?

Molion: Naquela época houve redução de temperatura, e houve a coincidência da segunda Guerra Mundial, quando a globalização começou pra valer. Para produzir, os países tinham que consumir mais petróleo e carvão, e as emissões de carbono se intensificaram. Mas durante 30 anos houve resfriamento e se falava até em uma nova era glacial. Depois, por coincidência, na metade de 1976 o oceano ficou quente e houve um aquecimento da temperatura global. Surgiram então umas pessoas - algumas das que falavam da nova era glacial - que disseram que estava ocorrendo um aquecimento e que o homem era responsável por isso.

UOL: O senhor diz que o Pacífico esfriou, mas as temperaturas médias Terra estão maiores, segundo a maioria dos estudos apresentados.

Molion: Depende de como se mede.

UOL: Mede-se errado hoje?

Molion: Não é um problema de medir, em si, mas as estações estão sendo utilizadas, infelizmente, com um viés de que há aquecimento.

UOL: O senhor está afirmando que há direcionamento?

Molion: Há. Há umas seis semanas, hackers entraram nos computadores da East Anglia, na Inglaterra, que é um braço direto do IPCC [Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática], e eles baixaram mais de mil e-mails. Alguns deles são comprometedores. Manipularam uma série para que, ao invés de mostrar um resfriamento, mostrassem um aquecimento.

UOL: Então o senhor garante existir uma manipulação?

Molion: Se você não quiser usar um termo tão forte, digamos que eles são ajustados para mostrar um aquecimento, que não é verdadeiro.

UOL: Se há tantos dados técnicos, por que essa discussão de aquecimento global? Os governos têm conhecimento disso ou eles também são enganados?

Molion: Essa é a grande dúvida. Na verdade, o aquecimento não é mais um assunto científico, embora alguns cientistas se engajem nisso. Ele passou a ser uma plataforma política e econômica. Da maneira como vejo, reduzir as emissões é reduzir a geração da energia elétrica, que é a base do desenvolvimento em qualquer lugar do mundo. Como existem países que têm a sua matriz calcada nos combustíveis fósseis, não há como diminuir a geração de energia elétrica sem reduzir a produção.

UOL: Isso traria um reflexo maior aos países ricos ou pobres?

Molion: O efeito maior seria aos países em desenvolvimento, certamente. Os desenvolvidos já têm uma estabilidade e podem reduzir marginalmente, por exemplo, melhorando o consumo dos aparelhos elétricos. Mas o aumento populacional vai exigir maior consumo. Se minha visão estiver correta, os paises fora dos trópicos vão sofrer um resfriamento global. E vão ter que consumir mais energia para não morrer de frio. E isso atinge todos os países desenvolvidos.

UOL: O senhor, então, contesta qualquer influência do homem na mudança de temperatura da Terra?

Molion: Os fluxos naturais dos oceanos, polos, vulcões e vegetação somam 200 bilhões de emissões por ano. A incerteza que temos desse número é de 40 bilhões para cima ou para baixo. O homem coloca apenas 6 bilhões, portanto a emissões humanas representam 3%. Se nessa conferência conseguirem reduzir a emissão pela metade, o que são 3 bilhões de toneladas em meio a 200 bilhões?Não vai mudar absolutamente nada no clima.

UOL: O senhor defende, então, que o Brasil não deveria assinar esse novo protocolo?

Molion: Dos quatro do bloco do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que aceita as coisas, que “abana o rabo” para essas questões. A Rússia não está nem aí, a China vai assinar por aparência. No Brasil, a maior parte das nossas emissões vem da queimadas, que significa a destruição das florestas. Tomara que nessa conferência saia alguma coisa boa para reduzir a destruição das florestas.

UOL: Mas a redução de emissões não traria nenhum benefício à humanidade?

Molion: A mídia coloca o CO2 como vilão, como um poluente, e não é. Ele é o gás da vida. Está provado que quando você dobra o CO2, a produção das plantas aumenta. Eu concordo que combustíveis fósseis sejam poluentes. Mas não por conta do CO2, e sim por causa dos outros constituintes, como o enxofre, por exemplo. Quando liberado, ele se combina com a umidade do ar e se transforma em gotícula de ácido sulfúrico e as pessoas inalam isso. Aí vêm os problemas pulmonares.

UOL: Se não há mecanismos capazes de medir a temperatura média da Terra, como o senhor prova que a temperatura está baixando?

Molion: A gente vê o resfriamento com invernos mais frios, geadas mais fortes, tardias e antecipadas. Veja o que aconteceu este ano no Canadá. Eles plantaram em abril, como sempre, e em 10 de junho houve uma geada severa que matou tudo e eles tiveram que replantar. Mas era fim da primavera, inicio de verão, e deveria ser quente. O Brasil sofre a mesma coisa. Em 1947, última vez que passamos por uma situação dessas, a frequência de geadas foi tão grande que acabou com a plantação de café no Paraná.

UOL: E quanto ao derretimento das geleiras?

Molion: Essa afirmação é fantasiosa. Na realidade, o que derrete é o gelo flutuante. E ele não aumenta o nível do mar.

UOL: Mas o mar não está avançando?

Molion: Não está. Há uma foto feita por desbravadores da Austrália em 1841 de uma marca onde estava o nível do mar, e hoje ela está no mesmo nível. Existem os lugares onde o mar avança e outros onde ele retrocede, mas não tem relação com a temperatura global.

UOL: O senhor viu algum avanço com o Protoclo de Kyoto?

Molion: Nenhum. Entre 2002 e 2008, se propunham a reduzir em 5,2% as emissões e até agora as emissões continuam aumentando. Na Europa não houve redução nenhuma. Virou discursos de políticos que querem ser amigos do ambiente e ao mesmo tempo fazer crer que países subdesenvolvidos ou emergentes vão contribuir com um aquecimento. Considero como uma atitude neocolonialista.

UOL: O que a convenção de Copenhague poderia discutir de útil para o meio ambiente?

Molion: Certamente não seriam as emissões. Carbono não controla o clima. O que poderia ser discutido seria: melhorar as condições de prever os eventos, como grandes tempestades, furacões, secas; e buscar produzir adaptações do ser humano a isso, como produções de plantas que se adaptassem ao sertão nordestino, como menor necessidade de água. E com isso, reduzir as desigualdades sociais do mundo.

UOL: O senhor se sente uma voz solitária nesse discurso contra o aquecimento global?

Molion: Aqui no Brasil há algumas, e é crescente o número de pessoas contra o aquecimento global. O que posso dizer é que sou pioneiro. Um problema é que quem não é a favor do aquecimento global sofre retaliações, têm seus projetos reprovados e seus artigos não são aceitos para publicação. E eles [governos] estão prejudicando a Nação, a sociedade, e não a minha pessoa.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O que é a DIETA GRACIE?

Como Mestre Carlos desenvolveu a Dieta Gracie, método alimentar que faz sucesso muitas décadas após sua criação

GracieDiet1O ano era 1996, o mês setembro e na página 8 da edição número 2 de GRACIE Magazine, Carlos Gracie Jr. começava um artigo da seguinte maneira. “Hoje em dia muito tem se falado sobre dietas. Existem as mais diversas possíveis, algumas receitadas para combater doenças, obesidade e até para melhorar o rendimento do organismo em atividades físicas”.

Muitos anos depois, o panorama não é muito diferente, e os habitantes do planeta parecem cada vez mais conscientes sobre aquilo que põem para dentro do seu corpo. Só que nem sempre foi assim.

Foi depois de sofrer com fortes enxaquecas – capazes de o deixar trancado no quarto por horas –, pleuras e até mesmo gota que grande mestre Carlos Gracie se deu conta de que algo tinha de mudar. Nas palavras do filósofo Hipócrates estava a primeira dica: “Faça da alimentação o seu remédio”.

Com fome de conhecimento, Carlos passou a ler cada vez mais sobre o assunto e durante anos a fio foi compilando todo o aprendizado para desenvolver aquela que seria consagrada como a Dieta Gracie. Os problemas de saúde ficaram para trás e o outrora jovem debilitado tornou-se um homem atlético.

O próximo passo então era comprovar a eficiência do método, e para isso, ninguém melhor do que a própria prole para testar as descobertas. Carlos Gracie incutiu nos filhos, sobrinhos e netos a necessidade de escutar o corpo e a ele oferecer alimentos que sirvam somente para seu benefício.

Aos poucos, o biótipo da família foi sendo alterado e os descendentes do Mestre cresciam cada vez mais do que os seus 1,60m e 63kg. De fato, conforme Carlinhos Gracie, “A alimentação saudável modificou uma família inteira”.

Mas afinal, do que se trata a Dieta Gracie? Ela consiste em não envenenar o corpo, não deixá-lo doente e estabelecer uma combinação adequada dos alimentos. O objetivo principal é manter o pH das refeições o mais neutro possível, equilibrando as substâncias através da combinação certa.

A combinação idealizada por grande mestre Carlos é global e supre os problemas de todos. Trata-se, principalmente, de não misturar: cereais entre si, gordura com açúcar, e alimentos ácidos com nenhum outro tipo. Fazer refeições com intervalos de, no mínimo, quatro horas, voltando a se alimentar somente quando o estômago estiver vazio.

Mas isso não é tudo. Além da preocupação com os alimentos sólidos, o Gracie procurava uma complementação à base de chás, usando assim aquilo que é oferecido pela natureza para curar os males do homem. “Nosso corpo é uma máquina cujo óleo é o sangue. Se o sangue estiver puro a máquina trabalha bem”, diz Carlos Gracie Jr. “O objetivo de meu pai era manter os lutadores da família bem, ou seja, livres de qualquer doença que por ventura pudessem surgir e inviabilizar um possível combate”.

GracieDiet2A inclusão das frutas como parte fundamental da alimentação também pode ser creditada ao grande mestre. “Cerca de 30 anos atrás as pessoas entravam na minha casa e viam aquela dispensa cheia de frutas e verduras. Todos achavam estranho, pois para a cultura da época fruta não passava de sobremesa, enquanto que para nossa família correspondia a 50% do regime nutricional”.

Pai de 21 filhos e avô de mais de 50 netos, o patriarca dos Gracie teve, curiosamente, no irmão Helio a melhor defesa de sua tese. Adepto ferrenho da Dieta, grande mestre Helio sempre esbanjou saúde. “Quando ninguém falava em nutrição meu pai percebeu a validade de cortar a carne vermelha antes das lutas de tio Helio”, lembra Reila Gracie.

A comprovação de que ele estava certo não demorou a acontecer: em 1955, Helio lutou com Waldemar Santana durante 3h40m ininterruptamente. Vale lembrar que em 1955, Helio Gracie já estava com 42 anos, enquanto Waldemar não havia completado 24.

Resumir, portanto, a ciência de grande mestre Carlos a uma simples dieta é diminuir muito sua obra.

“Ele antecipou várias das hoje tão propagadas descobertas científicas, como o papel benéfico do caroteno, substância encontrada no mamão e na cenoura, o conceito de radicais livres e a medicina ortomolecular. Isso sem falar de seu pioneirismo em relação ao hábito de tomar açaí, suco de melancia, água de coco e vitaminas batidas”, diz Reila. Carlinhos completa: “Todos devem dosar o trabalho com alimentação. Nós despertávamos isso em nossos alunos e estes influenciavam outras pessoas. Daí o aparecimento de restaurantes naturais, casas de suco e toda uma onda de alimentação natural provocada por nós. Vejo o meu pai como grande precursor da alimentação natural aqui no Brasil”, afirma Carlinhos.