quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Pós-Modernidade,o período de maior crise cultural da história.

No período de faculdade de filosofia ouvia muito se falar de Grécia como o berço da cultura universal.Isso pois com as viagens marítimas de mercado os gregos absorveram muitos conhecimentos possibilitando o início da filosofia com os pré-socráticos.Falava-se muito do período do Renascimento em Florença.Fase criativa,cultural,de descobertas marcantes e desenvolvimento artístico e pouco do período atual,mas desta vez trataremos desse assunto e com clareza.
As vezes fico imaginando Nietzsche percorrendo o mundo e analizando tudo nos dias atuais.Se naquela época ele dizia que Alemanha já vivia em estado de decadência,que diria agora?São épocas distintas,mas infelizmente não houve evolução cultural e sim um regresso cultural e também humano.A humanidade evoluiu tecnológicamente,surgiu e evoluiu virtualmente,no entanto,no aspecto da essência humana temos a impressão que regredimos assustadoramente.Senão,vejamos a falta de sensibilidade alheia,a frieza com que estão promovendo homicídios e destratos para com o próximo.Isso desde seguimentos religiosos que se interessam em sua maioria nos próprios interesses como no meio político-aliás não há muita diferença quando se trata de anti-ética.
Em minha opinião o apogeu cultural se deu no Renascimento.Era uma fase onde os intelectuais tinham uma visão mais global do mundo sem perder a profundidade.Pessoas como Michelangelo,Maquiavel,Da Vinci entre outros comprovam essa tese.Bem diferente da pós-modernidade,período de maior crise cultural da história.Hoje entretanto,é a fase do especialista,daquele que é bom somente em uma única coisa mas que não consegue olhar ao lado com profundidade.A especialidade na verdade é uma forma de correção da má formação intelectual e profissional das pessoas que são objetos nas mãos da mídia e de um péssimo ensino.Gente que muitas vezes não aproveita o período de qualificação estudantil permutando a oportunidade por horas de orgias,drogas e bebidas.Esses são os profissionais que entram nas universidades e que na maioria das vezes(salvo excessões)vão educar ,promover justiça,atender na área da saúde,julgar as causas na magistratura,elaborar leis,gerir cidades...
É corriqueiro defrontarmos com médicos ortopeditas que não sabem pronunciar sobre problemas cardiácos simples ou professores que pisoteiam a língua portuguesa justificando não ser da área ou até mesmo advogados que só defendem um tipo de causa,engenheiros e arquitetos que não sabem calcular,matemáticos que saem do âmbito dos cálculos do ensino médio,artistas que só copiam,etc.A grande verdade é que o especialista é um enganador.É um ator com a estampa da especialidade.Ele não consegue ser diversificado ficando pasmo e estarrecido ao ver alguém com qualidades diversas;produzindo bastante e com criatividade.
A situação decai ainda mais quando vemos gente seduzida pelas telenovelas...E se falarmos da qualidade da educação,da música,dos livros escritos que acabam sendo best sellers através de construção midiática.Não quero ser moralísta mas vemos jovens entregues aos vícios nas mais diferentes classes.Acho que Nietzsche faria "um martelo ainda mais potente" para combater.Tudo faz parte do contexto global,não é privilégio de países latino-americanos;na europa,na ásia,entre outros também acontece como se fosse uma normalidade.Essas coisas corroboram para essa crise,para esse caos cultural.
Diante desse quadro sócio-histórico devo dizer que absolutamente estamos em perigo,não se faz grandes cabeças como antes,pensar em profundidade é repensar o que já foi pensado.A última grande cabeça,que revolucionou o mundo foi Albert Enstein e não adianta esses teóricos da educação(pseudo-intelectuais) dizerem que estamos avançando pois não estamos.Com a revolução tecnológica e virtual o homem parou de pensar,tornou-se ativista de marca maior só repetindo o que lhes fornecem,são robozinhos que ciscam a todo tempo(falarei sobre isso mais especificamente em outro artigo) e a sociedade encontra-se como está,muito pior que tempos atrás com indivíduos que perderam suas respectivas identidades.Não sabemos quem somos,há uma perda do eu,do sentido da vida;por isso o sucesso da superficialidade dos livros de alto-ajuda e dos psiquiatras que oferecem qualquer coisa em meio ao desespero das pessoas das mais diferentes classes e posições sociais.Será que estou mentindo????

A instrumentalização da Igreja

A Igreja bem como Escola e Família formam a tríade instituicional sustentadora da sociedade.Isso porque ambas tem o poder influenciador de educar.A função da escola é transmitir conhecimento e levar o aluno ao desenvolvimento do senso crítico que o leva a pensarseria uma espécie de enchergar o teatro por trás da cortina.A Igreja é a Instituição representante de Deus na Terra,formadora de princípios morais,estuda e propõe normas de conduta para a coletividade.E fechando este triângulo a família que é a célula mater da sociedade.
Todavia,a sociedade vem enfrentando problemas pois a Igreja como instituição teria que ser autonôma e independente.Não obstante,não é bem assim que funciona pois vivemos numa sociedade capitalista e em meio a busca desenfreada pelo capital a nobre instituição torna-se corrompida no momento em que o dinheiro é objeto fundamental para subsistência.Infelizmente é assim,pois sem verba não há culto.
O dinheiro tem um status divinizado pois proporciona muitas coisas para quem vive da ingenuidade da fé alheia que em sua maioria não tem um senso inquiridor.Dessa forma podemos dizer que há a mais absoluta instrumentalização da Igreja.É nojento o que estão fazendo em nome de Deus.A Igreja pós-moderna tornou-se instrumento de negociata com políticos,empresários e outros afins.Existem casos em que o Ministério Público deveria investigar pois estelionatos são executados em nome de Jesus;pior ainda é que se for apurar tem até lavagem de dinheiro tendo em vista que a prestação de contas é nebulosa.
O fiel hoje é tratado como a sociedade trata qualquer indivíduo em meio ao capitalismo selvagem,isto é,vale o que tem.Infelizmente com esta intrumentalização mais vale ter do que ser,muitas vezes mais aparecer do que ser.Porém,a Igreja foi chamada para ser sal da terra e luz do mundo.É para fazer a diferença,influênciar e não ser influenciada com princípios humanos,precisa ser sujeito na relação com o objeto,muito menos ser instrumento pois assim fica no meio de uma relação entre líderes e fiéis.Pastores estão devorando ovelhas;não se contentam com a extração de lã desejam a carne,o sangue,os ossos,tudo.O Messias nos ensinou a amar incondicionamente,a dar a vida,a incluir e não excluir como fazem hoje.Portanto,que nós venhamos a despertar para uma nova realidade para que estejamos juntos felizes naquele grande dia.Não podemos temer homens,é mister mais vozes proféticas.Fico feliz em contrapartida porque Deus está levantando uma nova geração comprometida com a Graça e a verdade.Subamos neste navio,estão convidados.
Que Deus nos abençõe!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A INSTRUMENTALIZAÇÃO DA ESCOLA

EXISTEM COISAS NA VIDA QUE ESTÃO ATRELADAS E NÃO HÁ COMO DISSOCIA-LÁS.SÃO CONCEITOS,INSTITUIÇÕES,ALIMENTOS,TREINAMENTOS,TODAVIA,QUANDO PROCURAMOS FAZER DETERMINADAS SEPARAÇÕES PROBLEMAS ACONTECEM.
ASSIM ACONTECE COM A ESCOLA,O PROFESSOR E O ALUNO NUM CONTEXTO EDUCACIONAL,É IMPOSSÍVEL FAZER COM QUE UM VIVA SEM O OUTRO.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Raquel, a Poetisa

Shalom amigos,

RaquelRaquel - Uma poetisa que tocou muitas almas, um poema cujos versos têm sido interpretados por muitos músicos décadas após a sua morte, um poema que amado por adultos e jovens, por homens e mulheres, um poema que ansiava pela terra como ansiava por amor, um poema que une corações solitários com os seus versos, um poema que refletia histórias bíblicas e ainda soa moderno, um poema cujas canções são relevantes 80 anos após sua morte.
Raquel Bluwstein Sela é uma das mais famosas e aclamadas poetisas de hebraico do nosso tempo. Ela é conhecida por seu primeiro nome, Raquel, (רָחֵל‎) ou como Raquel, a Poetisa (רָחֵל הַמְּשׁוֹרֶרֶת).
Raquel nasceu na Rússia, em 1890, sendo a décima primeira filha de uma rica família judia. Com 19 anos, Raquel visitou Eretz Israel com sua irmã em sua viagem para estudar na Europa. Em Jaffa, ela conheceu Hannah Maizel, um dos primeiros pioneiros, que tinha decidido criar uma instituição em que jovens mulheres poderiam aprender técnicas agrícolas. As duas irmãs decidiram ficar em Israel como pioneiras e começaram a trabalhar nos pomares de Rechovot.
Um ano depois, Raquel juntou-se ao grupo agrícola de Hannah Maizel. Cultivando a terra, Raquel encontrou auto-realização e salvação. Em 1911, Raquel mudou-se com o grupo para Kvutzat Kinneret, às margens do Mar da Galileia (כִּנֶּרֶת , Kinneret), para cultivar a terra e aprender mais sobre agricultura.
Raquel se apaixonou pelas paisagens e pelo povo ao redor de Kvutzat Kinneret, incluindo A. D. Gordon que morou no primeiro kibutz de Israel, Degania. Gordon influenciou muito Rachel - ela se referia a ele como avô e dedicou-lhe os primeiros poemas que escreveu em língua hebraica. Ele dedicou seus poemas de amor a um jovem pioneiro chamado Shneur Zalman Rubashov. Esse jovem, mais tarde, tornou-se o terceiro presidente do Estado de Israel com o nome hebraico de Zalman Chazar.
Em 1913, Raquel foi para a França estudar agronomia e desenho. Quando irrompeu a Primeira Guerra Mundial, ele não pôde retornar à Palestina. Ela foi para Rússia e ensinou hebraico às crianças judias refugiadas. Ela provavelmente contraiu tuberculose lá.
Raquel em DeganiaApós o fim da guerra, ela retornou à Palestina e juntou-se a ao pequeno Kibbutz agrícola de Degania. Entretanto, logo após sua chegada, ela foi diagnosticada com tuberculose, na época uma doença incurável. Ela não pôde trabalhar com as crianças por temor de contágio, e também não tinha força suficiente para trabalhar na agricultura. Ela partiu de Degania e passou o resto de seus dias viajando pela Terra de Israel e morando em Tel-Aviv.
Quando morou às margens do Kinneret, Raquel escreveu muitos poemas sobre a zona rural agrícola da Eretz Israel. Como ela não podia ter filhos, ele escreveu poemas sobre seu anseio por um filho. Em uma canção, intitulada “estéril” (עֲקָרָה, akara), ela descreve seu filho imaginário, a quem chamou de Uri. Raquel também usou muitas referências à Bíblia e algumas vezes se identificava como sendo Nossa Mãe Raquel ou a filha do Rei Sha’ul, Mical. Raquel também escreveu poemas de amor enfatizando os sentimentos de solidão, de distância e de anseio pelo amado.
Raquel morreu em 1931, com 40 anos de idade. Ela está sepultada no cemitério de Kinneret em um túmulo de frente para o Mar da Galileia, de acordo com os seus desejos expressos em seu poema “Se o Destino Decreta” (אִם צַו הַגּוֹרָל, im tsav hagoral).

הֱיוּ שָׁלוֹם!
Heyu Shalom!
Adeus!

שירה כהן-רגב
Shira Cohen-Regev
Professora de Hebraico na eTeacherHebraico

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O QUARTO ESTADO FÍSICO DA ÁGUA

Quais são os estados físicos da água? Líquida, sólida e gasosa, certo? Errado! Cientistas descobriram que a água pode ter um quarto estado.
Os pesquisadores analisaram a água que, em certas condições específicas de pressão, por exemplo, permanece líquida após 0ºC – ponto em que a água líquida normalmente congela. Mais especificamente, os cientistas usaram simulações de computador (pois os instrumentos de laboratório não são sensíveis o suficiente) para avaliar a água líquida a -47,8ºC nessas condições.
Segundo Pradeep Kumar e H. Eugene Stanley, neste “novo estado” a água está líquida mas mantém algumas características do gelo, passando a ter uma estrutura molecular mais organizada. Ainda segundo Kumar e Stanley, esse estado especial da água líquida têm mais de 80 propriedades pouco comuns. O que surpreendeu os cientistas foi que a água nesse estado se tornou uma melhor condutora de calor, diferentemente do que acontece com a água e o gelo.
Via Discovery e American Chemical Society, Journal of Physical Chemistry B
PS: Caros, estamos considerando este “novo estado” o quarto estado, pois estaria entre a água líquida e a sólida, obtida em condições naturais, como no fundo do mar. O objetivo aqui não é entrar em detalhes mais aprofundados, mas apontar novidades interessantes da Ciência que podem ser lidas na internet.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

'Professor é profissão. Educador é vocação'. (Salomão Becker)

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.

No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados.

A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”.

O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963.

A estrutura da educação no Brasil se divide por faixas etárias. De zero a três anos temos as creches ou berçários; de 3 a 5 anos a fase de educação infantil, de 6 a 10 anos o ensino fundamental I; de 11 a 14 anos o ensino fundamental II; e de 15 a 17 anos o ensino médio. Após a etapa do vestibular e com a aprovação no mesmo, o período de graduação.

Podemos ver que os professores são muito importantes para a vida de todos, pois passam por todo o período escolar, por longos anos. Por isso, deveriam ser mais bem remunerados e ter seu trabalho melhor reconhecido.

LEI Nº 11.738, DE 16 DE JULHO DE 2008. Art. 1o Esta Lei regulamenta o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica a que se refere a... STF decide que piso salarial para professores é constitucional. Em vigor desde 2008, a Lei do Piso determina que nenhum professor da rede pública com formação de nível médio e carga horária de 40 horas semanais pode ganhar menos do que R$ 1.187,00.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Rosh Hashana תשע"ב (CULTURA JUDAICA)

Shana Tova amigos,
O Rosh Hashana é um dos dias mais importantes do calendário judaico. Nesse dia, damos as boas-vindas ao Ano Novo e desejamos um ano bom, feliz e frutífero. Um Ano Novo nos deixa mais otimistas, já que sentimos que a porta está aberta, uma porta que recepciona novas oportunidades, novas direções, novas esperanças. Podemos atravessar essa porta e seguir em um novo caminho, um caminho de esperança. e sem medo. Durante o mês anterior, chamado de Ellul, nós examinamos as nossas obras ao longo do ano que passou e depois ficamos prontos para um ano melhor e mais promissor.
O nome Rosh Hashana (רֹאשׁ הַשָּׁנָה) é composto de duas palavras: Rosh (רֹאשׁ) que significa “cabeça” e Shana (שָׁנָה) que significa ano. Assim, Rosh Hashana significa o começo ou a cabeça do ano. O nome "Rosh Hashanah" não é mencionado na Bíblia - ela cita o feriado como Yom Ha-Zikkaron (o dia memorial) ou Yom Teru'ah (o dia do sonido do shofar - um chifre de carneiro que é soprado como se fosse um trumpete).

"בַּחֹדֶשׁ הַשְּׁבִיעִי בְּאֶחָד לַחֹדֶשׁ, יִהְיֶה לָכֶם שַׁבָּתוֹן--זִכְרוֹן תְּרוּעָה, מִקְרָא-קֹדֶשׁ." וַיִּקְרָא כ"ג, פסוק כ"ד
“Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso, memorial com sonido de trombetas, santa convocação.” Levíticos 23:24

O Rosh Hashana cai no primeiro e segundo dia do mês de Tishrey. No ano secular de 2011, ele começa em 28 de setembro ao pôr do sol e termina em 30 de setembro ao anoitecer. É um costume desejar “shana tova” (שָׁנָה טוֹבָה, Ano bom) nos dias antes do Rosh Hashana. Essa é uma ótima oportunidade para nós lhe desejarmos um ano maravilhoso, um ano de saúde e felicidade, um ano para atingir suas metas e criar novas, um ano para aprender hebraico da maneira mais agradável.
שָׁנָה טוֹבָה וּמְתוּקָה!
Shana tova umetuka!
Tenha um Ano Bom e Doce!

שִׁירָה כֹּהֵן-רֶגֶב
Shira Cohen-Regev
Professora de Hebraico na eTeacherHebraico

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A morte da tragédia em Nietzsche

Nietzsche acusara Sócrates e Eurípedes – grande dramaturgo grego – pelo fim da tragédia, ao valorizarem a razão, o conceito em ver do instinto estético. Substituíram o saber artístico pelo saber racional. É o que Nietzsche definirá como “Socratismo Estético”.
Eurípides, que seria o "Sócrates do teatro", teria “matado” a arte trágica por subordinar o poeta ao pensador racional.
O que caracteriza a “Estética Racionalista”, a “Estética Consciente”, é introduzir na arte o pensamento e o conceito a tal ponto que a produção artística deriva da capacidade crítica. Momento em que a consciência, a razão, a lógica despontam como novos critérios de produção e avaliação da obra de arte. (MACHADO, 2002, p. 30)
A partir daí, a tragédia não terá mais uma característica irracional ou desproporcional, perderá sua profundidade, sua incerteza, deixará de ser obscura, sombria, emfim, o elemento Dionisíaco desaparece. Com isso, também o poeta trágico será desvalorizado por não deixar “claro” o que faz, por não ter consciência da obra, não possuindo o saber racional.
A ironia é que o culpado pelo termino da tragédia na arte seria um homem conhecido como um dos três – o ultimo dos três – grandes dramaturgos trágicos: Eurípides.
A tragédia grega não acabou como todas as outras artes da antiguidade, suas irmãs: morreu por suicídio, conseqüência de um conflito insolúvel, quer dizer, tragicamente. As outras artes morreram com idade avançada, com morte muito serena e, muito bela. [...] A morte da tragédia, pelo contrario, produziu uma impressão universal e profunda de vazio monstruoso. (NIETZSCHE, 1996, p.71)
Nietzsche declara que com Eurípedes o teatro se tornou popular, visando o populacho, a plebe, passou a ser raso ao querer ser mais “real”. “Devido a este homem (Eurípedes), o homem comum deixou os bancos dos espectadores e subiu ao palco; o espelho, que outrora refletia só nobres e altivas feições, passou a representar com exatidão servil e a reproduzir com minúcia todas as deformidades da natureza”. (Nietzsche, 1996, p.72).
Eurípedes de fato popularizou o teatro, a tragédia, e dizia ter ensinado o povo a observar, a raciocinar segundo as regras e as leis da sofística. “A mediocridade burguesa, na qual Eurípedes punha todas as suas esperanças políticas, passou a ter voz.” (Nietzsche, 1996, p.73).
Nietzsche mostra a influência que Sócrates exerceu sobre Eurípedes, sendo aquele um assíduo espectador das tragédias deste. A partir deste momento, Nietzsche passa a contrapor o Dionisíaco ao Socrático. O Socratismo teria sido o elemento destruidor da tragédia grega.
A lei principal desta doutrina é aproximadamente a seguinte: “Tudo deve ser inteligível para ser belo”, sentença que tem par na de Sócrates: “Só é virtuoso quem é ciente”. Munido deste “cânon”, Eurípedes aferiu todos os elementos da tragédia: a língua, os caracteres, a construção dramaturgica, a musica de coro; depois corrigiu tudo o que nós, em comparação com a tragédia de Sófocles, frequentemente consideramos sinal de pobreza e de inferioridade política, não é muitas vezes senão o produto da intromissão do processo critico e da cegueira racionalista. (NIETZSCHE, 1996, p.80)
A crítica que Eurípedes faz a arte pode ser considerada como um prolongamento da crítica Socrática aos homens de sua Época, dizia ele que a arte de seus antecessores era feita por instinto, não havia consciência, não havia o inteligível. “O Socratismo despreza o instinto, e portanto a arte. Nega a sabedoria justamente onde se encontra seu verdadeiro reino”. (Machado, 2002, p.31). Se algo para ser bom é necessário ser consciente, o saber trágico é desclassificado, pois se caracteriza como um saber inconsciente.
Ao fazer a identificação entre razão - felicidade – virtude, o Socratismo vai contra o trágico, o Dionisíaco, e por não conseguir explicá-lo, o nega. Nietzsche vê nesse Racionalismo Socratiano o inicio do “espírito cientifico”, aquela crença no poder do pensamento, que com ele o homem conseguirá penetrar – através das causalidades – e atingir o ser.
Nietzsche chama essa crença de que o conhecimento poder chegar à essência das coisas de “ilusão metafísica”, e esse antagonismo entre o espírito cientifico e a experiência trágica é alvo de crítica, pela suposta prevalência da verdade como valor superior.
Se a arte tem mais valor que a ciência, é sempre vitalizada por Nietzsche como paradigma em suas criticas da verdade, é que enquanto a ciência cria uma dicotomia de valores que situa a verdade como valor supremo e desclassifica inteiramente a aparência, na arte a experiência da verdade se faz indissoluvelmente ligada á beleza que é uma ilusão, uma mentira, uma aparência. (MACHADO, 2002, p.33)

Sócrates via na tragédia anterior a Eurípedes o irracional, não havia ali uma reflexão, uma crítica, era causas sem efeitos e efeitos sem causas, ela não dizia “a verdade”, não era filosófica.
Sócrates sobrepôs o “pensamento filosófico” à arte, para ele “virtude é ciência; só se peca por ignorância”, não existiria o incompreensível, o ilógico, a não ser quando ainda não se tem conhecimento o bastante sobre algo.
Por isso a imagem da “morte de Sócrates” do homem que pela razão e pela ciência foi capaz de se libertar do terror da morte está como um brasão as portas da ciência. É o movimento que a todos lembra que a finalidade da ciência consiste em tornar razoável a existência, e por isso justifica-la. (NIETZSCHE, 1996, p.64)
A influência de Sócrates seria imensa e continua até os dias atuais, com a sucessão de escolas filosóficas, todos sedentas de conhecimento, buscando sempre a verdade absoluta, a essência por detrás da aparência, da ilusão que é o mundo sensível. A fé na possibilidade de conhecer as profundezas da natureza das coisas, das causas, a fé na ciência, mas todo esse conhecimento chega inevitavelmente a um limite, ao inexplicável, que apenas o “conhecimento trágico” dará conta.
Nesse capítulo, abordamos a análise feita por Nietzsche sobre a tragédia Grega, sobre seus dois elementos formadores, o Apolíneo e o Dionisíaco e sua posterior destruição, causada pelos ideais Socráticos, ao impor a racionalização da arte, suprindo assim o elemento Dionisíaco. Da arte para a vida, esses ideais introduzidos por Sócrates criou uma “Vontade de Verdade”, de que tudo pode ser conhecido, desvendado, que no campo da moral produziu o que Nietzsche define como “Oposição de Valores”, o bom seria o que é lógico racional, e o mal o que é ilógico.
Nietszche fará uma crítica abrangente em torno dessa idealização do mundo, dessa busca desenfreada pelo conhecimento, acreditando que existe “A Verdade” das coisas, uma essência lógica e racional por detrás da aparência, do mundo sensível.

O Apolíneo e o Dionisíaco em Nietzsche

Nietzsche buscou dos gregos dois deuses para criar dois conceitos: o Apolíneo, que seria a ordem, a medida, o belo, a aparência, e Dionisíaco que consistiria na desmedida, no caos, na integração com o que há de mais natural, mais primitivo e arrebatador no homem, o universo como um “monstro” de forças.
Sobre o que ocorria nos tempos da arte trágica grega, Nietzsche escreve:
Estes dois instintos impulsivos andam lado a lado e na maior parte do tempo em guerra aberta, mutuamente se desafiando e excitando para darem origem a criações novas, cada vez mais robustas. (NIETZSCHE, 1996, p.19)
A tragédia grega seria essa união entre o Apolíneo e o Dionisíaco, seria a arte superior por excelência, já que ao contrário do que ocorre nas artes plásticas, também chamadas Apolíneas, e a arte sem formas, a música, ou dita Dionisíaca, a tragédia Ática “abraça” os dois elementos, possui dentro dela os dois mundos. “A evolução progressiva da arte resulta do duplo caráter de “espírito Apolíneo” e no “espírito Dionisíaco”, tal como a dualidade dos sexos gera a vida no meio de lutas que são perpetuas e por aproximações que são periódicas” (NIETZSCHE, 1996, p.18) Utilizando metáforas como essas, ele prossegue.
Imaginemos desde já, para mais bem os compreendermos estes instintos como mundos diferentes do “sonho” e da “embriaguez”, fenômenos fisiológicos entre os quais é possível notar que um contraste analógico ao que distingue o espírito Apolíneo do espírito Dionisíaco. (NIETZSCHE, 1996, p.20)
Ao estado Apolíneo, criador de formas, da aparência, do belo, se contrapõe o Dionisíaco, como fim de toda individuação, como um estado de êxtase onde o homem se encontra com a natureza, se identifica com ela.
Como para Nietzsche não é mais possível procurar o ideal de um conhecimento verdadeiro como fizeram os filósofos antigos e medievais, é necessário agora encontrar, ou melhor, reencontrar a vida, desmascarar, tirar os véus que encobrem a humanidade há dois mil anos, os véus da religião. Nietzsche encontra na tragédia, com seus dois elementos, Apolo e Dionísio, a representação da vida, da aceitação da vida em sua totalidade. Nietzsche escreve sobre o conceito de trágico da seguinte forma:
A afirmação da vida, também nos seus mais estranhos, mais árduos problemas, a vontade de viver fruindo o sacrifício dos mais altos tipos produzidos pela sua inexauribilidade. (NIETZSCHE, 2002, p.78)
Mas para Nietzsche o “objetivo” da tragédia não era o de libertar-se do temor e da piedade, nem purificar-se de uma paixão perigosa – como queria Aristóteles – mas sim o de ter a alegria do Porvir, a alegria do criar e também do destruir. Seria isso, para Nietzsche, o contrario de um pessimismo. “Nesse sentido, tenho o direito de considera-me o primeiro filósofo trágico, isto é, a perfeita antítese de um filósofo pessimista”. (NIETZSCHE, 2002, p.79).
Nietzsche considera essa sua percepção do trágico, de seu significado ao ser transferido do campo artístico para a vida, o diferencial em relação aos outros filósofos.
Antes de mim, esta passagem da emoção Dionisíaca a emoção filosofa não existia: faltava a sapiência trágica. Dela procurei em vão os mínimos traços, mesmo entre os grandes filósofos gregos, os dois séculos anteriores a Sócrates. (Nietzsche, 2002, p. 79)
O estado Dionisíaco e para Nietzsche em excedente de vida, uma exuberância, um querer - mais inesgotável. Por isso ele encontra na arte a salvação, por ela conseguir enxergar através do sonho, da aparência Apolínea, a sabedoria Dionisíaca, a afirmação da vida em todas as suas possibilidades.
Eu anuncio o advento de uma era trágica: a arte mais sublime na afirmação da vida, a tragédia, renascera quando a humanidade, sem sofrimento, terá atrás de si a consciência de ter sustentado as guerras mais rudes e mais necessárias. (Nietzsche, 2002, p.80)
Os gregos teriam criado os deuses olímpicos para tornar a vida mais desejável, já que por serem mais sensíveis ao sofrimento e por possuírem uma incrível sensibilidade artística, existia o perigo de caírem, num profundo pessimismo, numa negação da própria existência. Mostrando a relação intensa entre o Apolíneo e o Dionisíaco na tragédia. Nietzsche mostra que o surgimento da arte Apolínea seria como um antídoto contra o pessimismo, a negação da vida.
A arte Apolínea e a arte da beleza, e se os deuses gregos não se caracterizam por serem necessariamente bons, eles eram belos. Beleza para os gregos também tinha o significado de calma, serenidade e liberdade com relação as emoções.
Antes de se chegar a um estado Dionisíaco, o grego, contra a dor e o sofrimento diviniza o mundo criando a beleza. Portanto, beleza é para o grego, aparência. Para Nietzsche, o grego criou o mundo da beleza para ao invés de mostrar a verdade mascarar, encobrir a essência do mundo.
Não é pelo belo que as coisas belas são belas. Quando se diz que algo é belo apenas se diz que tem uma bela aparência, sem nada se enunciar sobre sua essência. Mascarando a essência, à vontade, a verdadeira realidade, a beleza é uma intensificação das forças da vida que aumenta o prazer de existir. (Machado, 1997, p.78)
Enquanto que a arte tem sua “verdade” ligada inevitavelmente á beleza, que é uma ilusão, por ser aparência, a metafísica não é capaz de expressar o mundo na sua integralidade, em sua tragicidade, pois nela há a prevalência da verdade sobre a ilusão. Também a ciência não é capaz de expressar o mundo, pois acredita que o pensamento lógico pode chegar a conhecer p ser o mais profundamente possível através da causalidade. Nietzsche afirma ser a experiência trágica a única capaz de justificar e até afirmar o mundo como ele é até mesmo “o pior dos mundos”. Seria o “amor fati”, amor ao destino, afirmar o necessário, aceitar e até amaro que não pode ser mudado. Esta é uma idéia que permaneceu em todo o pensamento Niestzschiano: que a arte é superior a ciência por ser capaz de proporcionar uma experiência Dionisíaca. Ao atacar diretamente a idéia de que atrás de um mundo “aparente” existe um mundo “verdadeiro”, Nietzsche declara:
Criar uma fábula de um mundo “diverso” Desse não tem sentido algum se pressupusermos que um instinto de calúnia, de amesquinhamento, de suspeição da vida não exerce poder sobre nós.Neste ultimo caso, nos vingamos da vida com a fantasmagoria de uma “outra” vida, de uma vida “melhor” (Nietzsche, 1999, p.52)
Apenas o “artista trágico”, com sua capacidade de afirmar o mundo, este mundo, o terreno, em todos os seus aspectos, consegue fugir desse pessimismo, dessa renuncia a vida verdadeira, a terrana, em nome de uma vida no alem, que não existe. Esse “artista trágico”, Dionisíaco, não teme a vida, não teme o sofrimento, sabe que a dor faz parte da existência, esta além do bem e do mal, diz sim a vida e ao mundo dito “aparente”, mas que para ele é o “verdadeiro” mundo, pois é o único existente.

A TRAGÉDIA EM NIETZSCHE

A visão de um mundo que passa pela alternância indefinida da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal, leva Nietzsche a enxergar na tragédia grega o oposto do cristianismo, pois, num mundo trágico não há redenção, entendida como salvação de um existente finito na sua finitude, há apenas o processo permanente de declínio de tudo aquilo que emerge do fundo do ser para a existência individualizada, que se separa do todo para se individualizar.
O sentimento trágico consiste na aceitação da vida, a aceitação também do horrível, do medonho, da morte e do declínio, a vida como uma grande economia, onde tudo é necessário. Possuir tal atitude diante da vida não seria para Nietzsche simples heroísmo ou coragem, mas sim o conhecimento de que todas as coisas finitas são apenas temporárias na grande corrente da vida, que seu declínio não significa a destruição simples e pura, mas um retorno ao fundo da vida da qual emergiu como forma individualizada. A tragédia grega nos mostra que “tudo é uno”, vida e morte seriam faces da mesma moeda, enquanto surgem formas, outras se desagregam, luz e trevas, ascensão e declínio seriam faces da grande corrente que é a vida.
Nesse primeiro capítulo será tratado o modo com que Nietzsche entende a tragédia grega e por fim a morte do trágico causada pela separação entre Dionisíaco e o Apolíneo.

Introdução ao TCC EM FILOSOFIA."a afirmação da vida em F.Nietszche"

Primeiramente é pertinente relatar que este texto é uma introdução integral realizada num trabalho de conclusão de curso e que expressa o pensamento nietzscheano e não uma ideia subjetiva.
O pensamento de Friedrich Nietzsche é uma reação tardia contra o idealismo de Hegel e o positivismo de Schopenhauer. Contra o idealismo do primeiro, coloca a natureza particular do homem não na racionalidade, mas no voluntarismo, entendendo como vontade. Se opondo ao pessimismo do segundo, argumenta que todo o aniquilamento da natureza humana deve ser desprezado haja vista que isso é uma negação a vida.
Entretanto, a afirmação de si mesmo deve se dar em qualquer situação, momento ou obstáculo. A plena total realização de todos os valores do qual a natureza humana é capaz é imprescindível para ele.
Estes valores não podem se desenvolvidos enquanto o homem estiver acreditando na existência de Deus e subjugado a vontade divina. Neste trabalho e, sobretudo contra o cristianismo em particular. O ateísmo é pregado como principio a força e a afirmação da vida.
Sendo assim, este trabalho foi dividido em duas partes sendo a primeira tratando dos negadores da vida: A religião cristã, o homem-camelo e a moral dos nobres e dos escravos. A segunda parte fala sobre aqueles que afirmam a vida: Zaratrusta e o homem criança.
Dessa forma a intenção de fazer uma pesquisa sobre Nietzsche se torna realizável sabendo que não foi nada fácil. Assim me orientei pela seguinte questão: como o homem pode viver de forma a afirmar a vida? Isso por que o que mais vemos nos dias atuais são pessoas reprimidas e as mais neuróticas a nossa volta.
Portanto, nesta pesquisa, a proposta de Nietzsche é exposta: para se afirmar a vida é necessária amá-la; para amá-la é necessário libertar-se do cárcere da religião e, sobretudo do cristianismo. Assim o ser humano poderá viver de maneira intensa, livre, sem complexo de culpa e, sobretudo sem ter que prestar contas a ninguém, muito menos a Deus. Contas serão se prestadas, somente a si, pois o homem, para Nietzsche, deve ser o seu próprio destino dentro da realidade terrena e nunca metafísica.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Véspera do Shabat(Sábado)

Véspera do Shabat
Shalom amigos,Em Gênesis cap.1, lemos que D'us criou o mundo em seis dias. No final do sexto dia, D'us olhou para a sua criação:“E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto.” (Gênesis 1:31)"וַיַּרְא אֱלֹהִים אֶת-כָּל-אֲשֶׁר עָשָׂה, וְהִנֵּה-טוֹב מְאֹד." (בראשית א' ל"א)“E havendo Deus acabado no dia sétimo a obra que fizera, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito.” (Gênesis 2:2)"וַיְכַל אֱלֹהִים בַּיּוֹם הַשְּׁבִיעִי, מְלַאכְתּוֹ אֲשֶׁר עָשָׂה; וַיִּשְׁבֹּת בַּיּוֹם הַשְּׁבִיעִי, מִכָּל-מְלַאכְתּוֹ אֲשֶׁר עָשָׂה." בראשית ב' ב"E nos nossos dias, nós trabalhamos seis dias da semana e no sétimo dia nós descansamos como fomos ordenados nos Dez Mandamentos. Quando o sol se põe, um novo dia judaico começa e, por isso, o Shabat começa na tarde da sexta-feira – podemos chamá-lo de "ערב שבת" ou "ליל שבת" (véspera do Shabat ou noite do Shabat).שַׁבָּת שָׁלוֹם!Shabat Shalom!Um sábado com paz!
שירה כהן-רגב.

Shira Cohen-Regev,
Professora de Hebraico na eTeacherHebraico

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

O PROBLEMA METAFÍSICO

Metafísica foi um termo introduzido por Aristóteles.este termo foi passado e divulgado pelos seus discípulos.Após vários estudos e reflexões o tratado corresponde de forma extremamente substancial,isto é,seus escritos realmente tratavam de realidade,qualidade,seres ou melhor de um mundo que vai além da física.
Aristóteles define o objeto da metafísica assim:”ciência que estuda o ser enquanto ser e as propriedades que o acompanham necessariamente” e ainda como “ciência que estuda as causas primeiras”.Não obstante Kant a chama de ciência dos pricípios primeiros mas especifica como da natureza e da moral.Todavia,Heidegger define como “imersão da própria existência nas possibilidades fundamentais do ser considerado em sua totalidade”.
Sendo assim,podemos lembrar dos pré-socráticos e suas influências e constatar a preocupação geradora de tal investigação:”é a preocupação em descobrir as razões supremas da realidade”.(Mondin,introdução a filosofia,p.72).
Mondin faz uma pertinente lembrança quando tratamos sobre metafísica:a metafisica foi posta em questão principalmente pelos céticos,depois pelosempiristas,mais tarde pelos positivistas,materialistas e marxistas e por fim pelos analistas da linguagem.De forma ousada podemos dizer que por motivos de questionamentos como os levantados por esses filósofos a metafísica não se tornou enfraquecida,contribuiu sim para um fortalecimento a medida em que o homem constata a impossibilidade da não existência de um mundo assim,haja vista que hoje podemos dizer que o homem é metafísico por natureza e quando nega essa condição é mais por decepção subjetiva no mundo terreno do que uma suposta descrença.Isso é evidente ao observarmos a cultura em que vivemos e estamos inseridos coercitivamente ou não.
Chegando a constatação dessa dimensão(se é que podemos assim falar) sou obrigado a concordar com Aristóteles em sua definição.Portanto,metafísica é o estudo sobre o ser.

domingo, 14 de agosto de 2011

Irena Sendler Faleceu...sabes quem era?

Nem sempre o prêmio é atribuído a quem mais o merece... Uma senhora de 98 anos chamada Irena faleceu há pouco tempo.

Durante a 2ª Guerra Mundial, Irena conseguiu uma autorização para trabalhar no Gueto de Varsóvia, como especialista de canalizações.

Mas os seus planos iam mais além... Sabia quais eram os planos dos nazistas relativamente aos judeus (sendo alemã!)

Irena trazia crianças escondidas no fundo da sua caixa de ferramentas e levava um saco de sarapilheira na parte de trás da sua caminhoneta (para crianças de maior tamanho). Também levava na parte de trás da caminhoneta um cão a quem ensinara a ladrar aos soldados nazis quando entrava e saia do Gueto.

Claro que os soldados não queriam nada com o cão e o ladrar deste encobriria qualquer ruído que os meninos pudessem fazer.
Enquanto conseguiu manter este trabalho, conseguiu retirar e salvar cerca de 2500 crianças.

Por fim os nazistas apanharam-na e partiram-lhe ambas as pernas, braços e prenderam-na brutalmente. Os nazis souberam dessas atividades e em 20 de Outubro de 1943; Irena Sendler foi presa pela Gestapo e levada para a infame prisão de Pawiak onde foi brutalmente torturada. Num colchão de palha encontrou uma pequena estampa de Jesus Misericordioso com a inscrição: “Jesus, em Vós confio”, e conservou-a consigo até 1979, quando a ofereceu ao Papa João Paulo II.

Ela, a única que sabia os nomes e moradas das famílias que albergavam crianças judias, suportou a tortura e negou-se a trair seus colaboradores ou as crianças ocultas. Quebraram-lhe os ossos dos pés e das pernas, mas não conseguiram quebrar a sua determinação. Foi condenada à morte. Enquanto esperava pela execução, um soldado alemão levou-a para um "interrogatório adicional". Ao sair, gritou-lhe em polaco "Corra!". No dia seguinte Irena encontrou o seu nome na lista de polacos executados. Os membros da Żegota tinham conseguido deter a execução de Irena subornando os alemães, e Irena continuou a trabalhar com uma identidade falsa.


Irena mantinha um registo com o nome de todas as crianças que conseguiu retirar do Gueto, que guardava num frasco de vidro enterrado debaixo de uma árvore no seu jardim.

Depois de terminada a guerra tentou localizar os pais que tivessem sobrevivido e reunir a família. A maioria tinha sido levada para as câmaras de gás. Para aqueles que tinham perdido os pais ajudou a encontrar casas de acolhimento ou pais adotivos.

No ano passado foi proposta para receber o Prêmio Nobel da Paz... mas não foi selecionada. Quem o recebeu foi Al Gore por uns dispositivos sobre o Aquecimento Global.

Não permitamos que alguma vez esta Senhora seja esquecida!!



quinta-feira, 28 de julho de 2011

Morre aos 90 anos o pastor britânico John Stott

O líder anglicano estava se sentindo mal nas últimas semanas e veio a falecer devido a complicações de saúde relacionadas a idade avançada, ele tinha 90 anos.
O pastor britânico John Robert Walmsley Stott faleceu nesta quarta-feira, 27/07/11, às 3h15 da tarde em Londres, por complicações de saúde relacionadas à idade avançada, o pregador tinha 90 anos. De acordo com presidente da fundação que leva seu nome, Benjamin Homan, Scott estava sentindo muito desconforto ao longo das últimas semanas.
Homan disse que o pastor já vinha se preparando para sua morte nos últimos 15 anos. “Eu acho que ele foi um exemplo impecável para os líderes de ministérios de entregar as coisas para os outros líderes”, disse Homan.
John Scott foi um pastor anglicano que ficou conhecido como uma das maiores lideranças mundiais evangélicas. Ele também escreveu mais de 40 livros sobre o cristianismo, entre eles “Cristianismo Básico”, “Crer é Também Pensar”, ”Porque Sou Cristão” e outros. Este primeiro vendeu mais de 2 milhões de cópias e foi traduzido em mais de 60 línguas.
Billy Graham divulgou a seguinte declaração sobre o evangelista: “O mundo evangélico perdeu um de seus maiores porta-vozes e eu perdi um de meus amigos pessoais, estou ansioso para vê-lo novamente quando eu ir para o céu..”
Fonte: Gospel Prime

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O Analfabeto Político- Bertolt Brecht

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

UM ALERTA AOS PROTESTANTES DA (PÓS)MODERNIDADE

“O único cristão morreu na cruz”.Estas são as palavras de Friedrich Nietzsche em sua obra ‘Vontade de Potência’.Sabemos que Nietzsche foi um pensador que provocava e muito o cristianismo de sua época (séc.XIX)com suas severas críticas em relação a conduta dos tais.O cristianismo estava em decadência ética e moral passandoa ser foco das atenções do filósofo.
Os anos foram se passando...Os problemas e as crises ao invés de serem diagnosticados e tratados,não,eram superficialmente “exorcizados” e fim de papo.Tudo foi se repetindo foram fingindo que nada estava acontecendo escondendo as sujeiras debaixo do tapete.É difícil mas é a pura verdade!
Conseqüentemente com o passar do tempo,como diz Rubem Alves “o Tempus Fugit”,esta situação que poderia ser remediada foi piorando e hoje vivemos num cenário complexo,sobretudo aqui no Brasil,herança de nossos antepassados juntamente com o despreparo somado ao jeitinho brasileiro.Isso acarreta em igrejas de fundo de quintal e esquecem-se de que os fiéis são gente e para cuidar de gente e de seus problemas precisa-se de preparo pois uma frase ou palavras colocadas de forma errada pode destruir um lar ou acabar com uma vida.
Neste maravilhoso país em que vivemos,estatisticamente falando são mais de trinta milhões de evangélicos.Fato histórico desde a chegada dos missionários americanos no séc. XIX.A Igreja cresce poderosamente ,atualmente é até moda e rentável ser protestante mas o crescimento está somente no âmbito quantitativo.Isso traz em mim nuvens de trsiteza,pois a Igreja não deve tomar extremos entre quantidade e qualidade,deve sim,fazer junção de ambas e assim crescer de formam salutar,equilibrada e sustentável.
Em nosso país a crise está como uma metralhadora automática,disparando para todos os lados em diversos seguimentos.Porém,observamos a Igreja infiltrada em vários deles:esportes,na política,no meio empresarial e artístico,universitário,nas favelas,etc.Isso é ótimo!!!A Igreja precisa se infiltrar mesmo,mas ela também foi chamada para ser “sal da terra e luz do mundo”,ponto de referência ética e moral e também tolerante adornado de muitas virtudes.Todavia,encontra-se também perdida,caminhando sem rumo e sem sentido.Certa feita disse o Rev.Caio Fábio”...durante muito tempo cheguei a pensar que o problema de nosso povo era ideológico,mas ,atualmente estou convencido de que nosso maior problema é ético.”Se a Igreja no Brasil quiser ser mais do que uma igreja grande para se tornar uma grande igreja,ela precisa viver a partir de um centrado compromisso com a mais realista visão que seja o Reino de Deus.
Com todos esses problemas há atualmente uma enorme procura por parte dos brasileiros pelas filosofia orientais,todos em busca incessante de mensagens para a alma,para a pacificação do ser.Hoje,há interesses deste tipo até por muitos filhos de pastores e líderes.Tudo porque faltam mensagens por parte de muitos dessa classe.Todavia,já é esperado pois os próprios(com exceções)são as pessoas mais neuroticamente aflitas que se conhece à volta.
Quais são as causas?Quais os motivos?Será que podemos parar diante das neuroses de alguns?
Os sermões pregados por boa parte dos líderes são fundamentados não nos evangelhos(boas novas,boas notícias),mas em suas mágoas,rixas,iras reprimidas,taras,etc...Conseqüentemente quem sofre são os membros que vão ao templo já sabendo antecipadamente o conteúdo do sermão á ser pregado no momento da homilia.Um sermão muitas vezes em sua essência raivoso,iracundo e vingativo.

A grande força do movimento cristão não está nos arranjos de natureza política que emseu nome possa fazer,mas no poder de dar a vida com amor apaixonado.
Como desenvolver quantitativamente sem isso?Como crescer de forma sustentável e influenciadora com despreparo de tantos líderes?
È necessário que haja um verdadeiro avivamento e não um avivamento à brasileira:Muita festa e pouca salvação de perdidos.Gente que celebra números e não pessoas.Que vibram com milagres mas não vibra com a prática da verdade.Que grita muito e compadece-se pouco do sofrimento alheio.São partes do avivamento à brasileira.
Não quero acabar com o movimento cristão mas luto para uma redenção por questão de bom senso.Como dizia Ivone Gebara:”Há no coração humano suspiros incontidos,ais do fundo do peito suspirando por algo que nem sempre se sabe dizer o nome...pode ser comida,bebida,saúde,justiça,amor.Mas é mais.É bem mais.É algo que podemos chamar espiritualidade”.
Sabemos que a perfeição está no Eterno,mas em meio a crise a desgraça anda fazendo sucesso.Quem está em crise(crisol=purificação)não precisa de um juiz,precisa de um irmão,de um amigo,de um companheiro.E quem tem um amigo,companheiro,cônjuge,igreja em crise deveria saber que tudo que ele precisa não é de um professor e sim de uma presença.
Subamos neste navio,mãos à obra!Quero contribuir e espero que você também.Portanto,a conclusão a que chego depois destas exposições é simples:a crise da sociedade e do cristianismo(pós)moderno pode ser boa se bem vivida e bem administrada,porque assim tem o poder de nos tornar mais profundo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

AS TRÊS PENEIRAS DE SÓCRATES

Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:

- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!

- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.

- Três peneiras? Que queres dizer?

- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?

- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.

- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?

Envergonhado, o homem respondeu:

- Devo confessar que não.

- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?

- Útil? Na verdade, não.

- Então, disse-lhe o filósofo, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Crítica à Ciência e a teologia em F.Nietszche

Falar de Nietzche é sempre interessante e também polêmico. Nele podemos abordar vários temas como: política, educação, ciência, moral, religião, entre outros. Não obstante, é válido lembrar que suas considerações são pertinentes, oportunas e contundentes, sendo assim, obrigatória uma analise considerativa.É de extrema importância ressaltar a priori o conceito filosófico de crítica.

Crítica não é falar mal "disso,daquilo ou daquele";é antes de tudo um estudo criterioso e imparcial dos objetos a serem estudados,neste caso mais específicamente a ciência e a teologia.Assim sendo,observo o método utilizado pela ciência e pela teologia,ao final aponto possíveis erros,acertos,elogios,enfim,me fundamento para poder comentar.Qualquer coisa que não seja assim pode ser denominado de pré-conceito,delinquência verbal,desonestidade intelectual,entre outros.Entretanto,essa explicação se faz necessário para uma maior compreensão a seguir.

Quando se trata de moral, algo que influência todo ocidente é interessante o despertar que ele faz de uma nova moralidade,ou seja,para ele é uma emancipação da razão diante da moral. Isso, pois, a moralidade não é outra coisa senão a obediência aos costumes; e assim, ele quer romper com essa maneira tradicional de pensar, agir, de avaliar, como também na forma de fazer ciência.

Para Nietzche não há instinto do conhecimento e da realidade, mas somente um instinto da crença na verdade; o conhecimento puro é destituído do instinto”.

Sendo assim, encontro uma crítica nietzcheneana sobre a ciência. Da mesma forma como um religioso metafísico tem a fé como instrumento e fundamento da verdade, sobretudo naquilo que ele têm como ultra-terreno, o cientista utiliza-se do mesmo instrumento,isto é,a fé, a crença na experiência, no empirismo – no método indutivo, para obter a verdade.

Desse modo, Nietzche pensa ser a ciência uma metafísica também, ainda que de modo disfarçado. Para Nietzche, que também faz uso, dentre outros, do ceticismo, esta metafísica-ciência,objeto de crítica, mas não por apenas criticar. Ele limita-se em relação à filosofia. Enquanto os testes conduzem a uma verdade e se breca; a filosofia se perdura em inquirições e questionamentos, de modo que permite o avanço e o aperfeiçoamento.O mesmo acontece em relação a teologia que faz uso instrumental da fé na revelação bíblica para alcançar a verdade.Digo isso pois na maioria das vezes ao atingir a resposta desejada o teólogo se breca semelhantemente ao cientista.

Portanto, a ciência disfarça-se como metafísica e o limite desta em relação à filosofia são a base e as críticas que Nietzche faz. Observando com mais cautela chegaremos a uma concordância em relação ao problema proposto.Podemos observar que aos olhos do senso comum ciência e fé não se relacionam,todavia,numa perspectiva filosófica e nietszcheana vemos que ambas se conduzem semelhantemente através do instinto da crença na verdade.Assim,podemos nos atrever a dizer que a filosofia supera tanto a ciência como a teologia?Se ambas se limitam num determinado patamar e a filosofia reflete inquiridoramente na busca de um avanço e de um aperfeiçoamentoainda maior,qual a resposta para tal questão?è válido lembrar que a filosofia é a mãe das ciências,dela todas se derivaram.Contudo a resposta é democraticamente sua,caríssimo leitor.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

CURIOSIDADES JUDAICAS

Certas orações fazem parte da tradição judaica.Isso permeia os judeus de geração em geração.Chanucá faz parte deste contexto.Nos dias de Chanucá, inclusive no Shabat, o Halel completo é recitado durante Shacharit – a reza da manhã – logo após a oração da Amidá.
Também recita-se um trecho especial de Chanucá, chamado de Al Hanisim, que é inserido na Amidá de Shacharit, Michná (reza da tarde) e Arvit (reza da noite), na reza de Musaf (recitada no Shabat, após a leitura da Torá) e no Bircat Hamazon (a prece recitada após uma refeição que inclua pão).
Tachanun (confissão de pecados) não é recitado durante os oito dois de Chanucá.Para inteirar-se um pouco mais recomendo que leia o artigo sobre as mais importantes festas judaicas,neste mesmo blog.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A oração "Kedushá".

A oração intitulada Kedushá (em hebraico, santificação) é cantada pelo chazan quando este repete a oração de Amida. Formada pelos pronunciamentos angelicais registrados pelos profetas Isaías e Ezequiel, somente pode ser recitada quando há um minian. Os sábios costumavam dizer que “rios de alegria” fluem do Trono Divino da Glória quando os anjos e o povo de Israel cantam seus versos. A Kedushá deve ser recitada de pé, mantendo-se os pés juntos. Isto simbolizaria os anjos, que, segundo a visão do profeta Ezequiel, têm "pés retos". E quando é proferida a proclamação, "Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos. Toda a terra esta plena de Sua Glória" é costume fazer-se movimentos seguidos de elevação das pontas dos pés para simular o vôo dos anjos.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Algumas Importantes Festividades e Costumes Judaicos.

Sabath:o sétimo dia da semana judaica(do pôr do sol da sexta-feira ao pôr do sol do sábado).É encerrado como santificando a semana,e a observância especial desse dia é parte essencial da adoração.Os judeus vão à sinagoga para leituras da Tora e orações.Ex.20:8-11.

Iom Kipur:dia da expiação,festividade solene caracterizada por jejum e auto exame.Culmina os dez dias de penitência que começam com Rosh Hashanah,o Ano Novo Judaico,que cai em setembro,segundo o calendário judaico secular.Lv.16:29-31;Lv.23:26-32.

Sucot:Festividade das Tendas,ou dos Tabernáculos,ou recolhimento.
Comemora a colheita e o fim da maior parte do ano agrícola.Realizada em outubro(foto acima).Lv.23:34-43;Nm.29:12-38.

Hanucah:festividade de Dedicação.Festividade popular realizada em dezembro,que comemora a restauração,pelos macabeus,da independência judaica da dominação siro-grega e a rededicação do templo em Jerusalém,em dezembro de 165AEC.Em geral destaca-se por se acender velas durante oito dias.

Purim:festividades das sortes.Celebrada em fins de fevereiro ou princípios de março,em comemoração da libertação dos judeus na Pérsia,no 5° séc AEC,de Hamã e sua trama genociada.Éster 9:20-28.

Pesach:festividades da Páscoa.Indtituída para comemorar a libertação de Israel do cativeiro egípcio(1513AEC).É a maior e mais antiga das festividades judaicas.Realizada em 14 de nisã(calendário judaico),em geral caim no fim de março ou começo de abril.Todas as famílias judaicas se reúnem para participar da refeição de Páscoa,oi Seder.Nos sete dias seguintes,não é permitido comer fermento.Esse período é chamado de festividades dos Pães Não-fermentados(Matzot).Ex12:14-20;Ex24:27.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O primeiro país árabe a assinar um acordo de paz com o Estado de Israel e as consequências de um povo sem rumo.

Diversas vezes assistimos,ouvimos comentários sobre acordo de paz entre Israel e países árabes.É bem verdade que isso muitas vezes fica engessado no campo do discurso e na prática sempre alguém descumpre o acordo.Mas isso teve um início e já faz algum tempo.
No ano de 1977, o Presidente do Egito, Anwar el-Sadat, viajou para Jerusalém e discursou no parlamento israelense – o Knesset. Sadat propôs que Israel e o Egito negociassem um acordo de paz. Junto com o primeiro-ministro de Israel, Menachem Begin, Sadat assinou o primeiro acordo de paz entre um país árabe e o Estado de Israel.
Esta história é real,assim como os descumprimentos dos acordos também.Um problema nisso tudo é que ao se quebrar o acordo firmado independente com qual país for gera-se um sentimento ainda maior de ódio fazendo com que novas guerras aconteçam.Guerra nunca é boa,sobretudo para a população.Pessoas comuns sofrem por causa dos anseios ou do orgulho de suas autoridades que em grande escala não sabem fazer uso de seu status quo.
Todavia,se observarmos a história a maior parte das nações que sofreram com guerras se levantaram e se fizeram melhores.A dor nos torna mais profundos,mais fortes e mais experientes em direção de uma causa.Em nosso país as coisas são diferentes:mata-se por nada;já na fronteira entre Israel e Palestina por exemplo,mata-se por uma causa.Morrer é difícil mas pior é morrer por nada.Isso é fruto de um país que caminhou sem direção,sem projetos consistentes e sem qualificação,gerando sociedades disformes,sem identidade e perdida.
Sendo assim,distante de fazer apologia a guerra,a morte,ao suicídio ou ao pessimismo vital digo que tenho vontade morar nessa fronteira.Sim,não é loucura é que lá eu morreria por uma causa pois aqui...